Referendo: "97% dos professores não abdica do tempo total de serviço"
O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, revelou esta quinta-feira os resultados do referendo que os sindicatos dos docentes organizaram junto dos professores. E o resultado é claro.
© Global Imagens
País Mário Nogueira
Ao final da manhã desta quinta-feira, o secretário-geral da Fenprof revelou os resultados do referendo que os sindicatos dos docentes organizaram nos últimos dias De acordo com Mário Nogueira, na consulta participaram cerca de 100 mil professores e quase 100% destes demonstraram concordar com a luta dos sindicatos na recuperação total do tempo de serviço.
“97% dos docentes não abdica do tempo total de serviços”, garantiu o dirigente, adiantando que este referendo confirma que “os professores estão com os seus sindicatos e é neles que se revêm, mas mais do que se reverem vieram confirmar que estão com sindicatos e com as posições que estes têm assumido”.
Esta consulta decorreu nos últimos quatro dias, online e nas escolas, tendo sido muitos milhares os professores que deram o seu contributo.
Além dos claros resultados sobre a recuperação total do tempo de serviço, 67,9%, ou seja, 2/3 dos professores votaram na suspensão da greve se houvesse uma convocatória para retomar as negociações, enquanto 1/3 dos docente defenderam que se deveria manter até 13 de julho. Já 0,7% defende que se vá além do dia 13 de julho.
Recorde-se que a convocatória do Governo para uma reunião de negociação surgiu já no terceiro dia da consulta quando 90% dos professores já tinha respondido. O que, segundo a Fenprof, fez com que alguns docentes quisessem mudar a resposta ao questionário.
"Começaram a chegar, de imediato, após saber-se qual o conteúdo da ordem de trabalhos, mensagens às caixas de correio dos sindicatos deste tipo: 'Embora já tivesse respondido ao questionário, mudei o meu ponto de vista e entendo que a greve deve ir até ao dia da reunião com o ME'", lê-se no site do sindicato.
Ainda de acordo com o secretário-geral da Fenprof, o número de reuniões não realizadas esta quarta-feira, um pouco por todo o país, devido à greve foi superior a 90%, o que o sindicalista considerou ser “uma adesão tremenda, fortíssima e de uma luta que os professores estão a encarar e a abraçar como nunca o fizeram”.
Saliente-se que há cerca de "três semanas que ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB, e SPLIU mantêm uma greve que inviabilizou a quase totalidade das reuniões de avaliação que se deveriam ter realizado".
Neste sentido, e tendo em conta que "da parte do Governo nada de novo", as organizações sindicais decidiram avançar com a dita consulta aos professores, através da qual esperavam reforçar as posições que têm assumido em sede negocial, mas também saber quais as perspetivas para a continuação da luta. O resultado foi hoje revelado com satisfação por Mário Nogueira.
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