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Caso Madonna: "Não é único, não é novo, acontece por bom senso"

O presidente da Câmara acabou mesmo por dizer que qualquer pessoa pode pedir, tal como Madonna, estacionamento temporário. Pedido que ser aceite caso haja possibilidade.

Caso Madonna: "Não é único, não é novo, acontece por bom senso"
Notícias ao Minuto

23:44 - 04/07/18 por Tiago Miguel Simões

País Medina

O presidente da Câmara de Lisboa foi o convidado de hoje da Grande Entrevista, na antena da RTP3. Sem direito a conversa de circunstância, Vítor Gonçalves foi direto ao assunto e a questão, claro, foi Madonna e o seu parque de estacionamento.

Questionado se a Câmara “cedeu a uma cunha de Madonna”, Fernando Medina respondeu com um perentório ‘não’.

“O comportamento que tivemos e a posição da Câmara não é excecional nem única. Foi simplesmente, num caso de necessidade de uma obra de grande dimensão que envolvia a inviabilização de um parque de estacionamento de grande dimensão durante um período da obra, havendo uma disponibilidade de terreno, facultar esse terreno para temporariamente ser utilizado”, explicou, ressalvando que existem várias situações em que a Câmara cede terrenos.

Outro dos motivos apontados por Medina para a cedência do espaço é o trânsito. "Em vez de os carros estarem na rua a perturbarem o trânsito” é melhor ceder um terreno que está livre. Ainda assim, o presidente explicou que a cedência está regulada pela Assembleia Municipal de Lisboa.

“Não há nenhuma situação de exceção. Não é único, não é novo, é algo que acontece por uma questão de bom senso”, afirmou.

Pouco convencido com as explicações, o jornalista pôs a questão da seguinte forma: “Se eu amanhã, ou qualquer outro cidadão de Lisboa, tiver necessidade de instalar uma frota, posso dirigir-me à Câmara e dizer 'eu tenho a necessidade, há aqui um estacionamento, posso utilizá-lo'?”

Medina respondeu afirmativamente, dando o exemplo de Campolide, onde isso acontece “exatamente nas mesma condições”. Depois de novo ‘forcing’ de Vítor Gonçalves, o autarca respondeu diretamente à questão dizendo que qualquer cidadão pode fazer esse pedido que, se houver disponibilidade para tal, será acedido.

O presidente foi mais longe e disse que, ao invés de Madonna, se fosse o hotel a pedir, por necessidade a cedência do mesmo parque de estacionamento que tudo era “natural”. Mais, o Palacete de Pombal já tinha, segundo Medina, servido o mesmo propósito.

Medina disse ainda que o contrato é de cariz precário, ou seja, a Câmara reserva-se ao direito de o cancelar, apenas com oito dias de antecedência, quando quiser. Algo que vai acontecer, espera o presidente, que revelou que o palácio está a ser negociado para servir de embaixada de Timor-Leste.

Para terminar, o socialista admitiu que Lisboa "tem um problema de estacionamento, resultante de maus tranportes públicos de acesso à cidade"

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