Défice de inspetores na PJ é situação "muito preocupante"
O presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ alertou hoje para o enorme défice destes profissionais e para a necessidade urgente de serem abertos concursos para ingresso e reforço dos quadros.
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País Sindicatos
Segundo dados divulgados pela ASFIC, o quadro de previsão do Estado para a Polícia Judiciária (PJ) é de 2.400 inspetores, mas atualmente ronda os mil, o que, nas palavras de Ricardo Valadas, é "manifestamente pouco", podendo comprometer a eficácia da PJ e as próprias funções essenciais do Estado de Direito.
De acordo com o presidente da ASFIC, os sucessivos governos não têm investido devidamente no reforço de inspetores, comprometendo o futuro da PJ, sendo de assinalar que o último concurso aberto data de março de 2015 e os 120 reforços previstos ainda nem sequer entraram em funções.
A manter-se este ritmo deficitário, provocado pelas aposentação e pela ausência de concursos de ingresso, Ricardo Valadas estima que, dentro de uma década, a PJ fique reduzida a apenas 500 inspetores e sem capacidade de resposta para combater a criminalidade, incluindo a corrupção económico-financeira e a investigação do fenómeno terrorista.
"A situação é muito preocupante", insistiu Carlos Valadas, que espera em breve poder discutir o problema com os responsáveis do Ministério da Justiça.
Também no recente ato de posse, o novo diretor nacional da PJ, Luís Neves, apelou à necessidade de dotar a PJ de mais meios humanos e tecnológicos, por forma a responder aos desafios desta polícia de investigação criminal.
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