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Base de Porto de Mós tem pela primeira vez meio aéreo no período crítico

A base de Alcaria, no concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria, tem pela primeira vez um meio aéreo no período crítico dos incêndios, mas o município quer a presença todo o ano.

Base de Porto de Mós tem pela primeira vez meio aéreo no período crítico
Notícias ao Minuto

12:58 - 03/07/18 por Lusa

País Incêndios

"Penso que se justifica pela localização" da base, disse hoje o presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, na cerimónia de receção do meio aéreo.

Jorge Vala esclareceu que, "fora do período crítico de incêndios", o concelho tem "em termos de Proteção Civil esta necessidade".

"Alcaria tem uma localização geográfica de excelência que pensamos poder dar corpo àquilo que é esta carência, nomeadamente para territórios dos concelhos da Batalha, Leiria e Marinha Grande", declarou, garantindo que a autarquia vai pugnar para que o meio aéreo esteja todo o ano em Alcaria.

A este propósito, esclareceu que a Autoridade Nacional de Proteção Civil e a GNR sabem que o município "vai proporcionar o hangar necessário para acolher o meio aéreo e criar condições para que ele se possa aqui manter todo o ano".

Já o comandante distrital de Leiria da Proteção Civil, Carlos Guerra, realçou a importância do meio aéreo, considerando que "vem, sobretudo, cobrir uma zona do distrito que não estava coberta por ataque inicial de helicóptero e permitir que os bombeiros e pessoal de terra sejam apoiados".

O responsável da Proteção Civil distrital desde 01 de abril destacou, ainda, que a presença deste meio aéreo em Alcaria "permite também a sobreposição em freguesias, em zonas mais críticas, quer com o helicóptero de Pernes [distrito de Santarém], quer com o helicóptero de Pombal", podendo fazer-se uma 'task force' de dois helicópteros em simultâneo no ataque inicial aos incêndios.

O helicóptero, que vai estar estacionado em Alcaria até 30 de setembro, é de tipologia "B2", tem um balde com capacidade de cerca de 800 litros de água e pode transportar uma equipa helitransportada, neste caso cinco elementos do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR.

"Estes complementam as descargas feitas pelo helicóptero com o ataque em terra com ferramentas manuais", explicou Carlos Guerra, adiantando que esta foi uma decisão da Autoridade Nacional de Proteção Civil, na sequência do aumento do número de meios aéreos no dispositivo de combate a incêndios.

À pergunta se está mais tranquilo após o ano fatídico de 2017 em matéria de fogos, Carlos Guerra disse à Lusa sentir que "o distrito está mais protegido em termos de combate inicial".

Na base de Alcaria, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, estão, desde 2009, em permanência 18 militares do GIPS.

Jorge Vala anunciou, entretanto, que o município quer criar um centro de formação nesta base, num investimento superior a meio milhão de euros, para bombeiros e militares e na área do fogo controlado.

No distrito de Leiria estão disponíveis mais dois meios aéreos este verão, em Pombal e Figueiró dos Vinhos.

Em junho de 2017, os incêndios que deflagraram na zona de Pedrógão Grande, norte do distrito de Leiria, provocaram 66 mortos.

Ainda nesse ano, mas em outubro, o Pinhal de Leiria, que ocupa dois terços do concelho da Marinha Grande, foi grande parte destruído por fogos. Estes atingiram também outros concelhos da região Centro e provocaram pelo menos 50 mortos.

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