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Batalha decreta três dias de luto pela morte de José de Batista de Matos

A Câmara da Batalha, no distrito de Leiria, decretou hoje três dias de luto municipal pela morte de José Batista de Matos, dirigente associativo e rosto da emigração portuguesa no Museu Nacional da História da Imigração em Paris.

Batalha decreta três dias de luto pela morte de José de Batista de Matos
Notícias ao Minuto

11:28 - 02/07/18 por Lusa

País Leiria

Citado numa nota de imprensa, o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista dos Santos, afirma ter sido "com profunda tristeza" que recebeu a notícia do falecimento no domingo de José Batista de Matos, "um ilustre batalhense e um homem extraordinário na defesa dos interesses dos seus concidadãos em Paris".

Na mesma nota, Paulo Batista dos Santos expressa à mulher, filhos e outros familiares de José Batista de Matos "uma palavra de profundo pesar", assinalando que todos os que beneficiaram da sua amizade não o esquecerão.

José Batista de Matos, dirigente associativo, antigo conselheiro das comunidades portuguesas e rosto da emigração lusa no Museu Nacional da História da Imigração em Paris, morreu no domingo à noite, em Portugal, aos 84 anos.

A notícia foi confirmada à Lusa pela sua filha, Ascenção Matos, que adiantou que o funeral deve realizar-se na próxima quarta-feira, às 11:00, na sua aldeia natal, Alcanadas, concelho da Batalha.

O emigrante foi membro fundador e dirigente da Associação Portuguesa de Fontenay-sous-Bois, inaugurou o primeiro monumento ao 25 de Abril de 1974, fora de Portugal, em Fontenay-sous-Bois, trabalhou na geminação da cidade com a Marinha Grande, foi Conselheiro das Comunidades durante oito anos e publicou dois livros: "História, cultura e tradições das Alcanadas" (2005) e "Uma vida de militância cívica e cultural" (2011).

José Batista de Matos chegou ao 'bidonville' de Champigny em abril de 1963 para "fugir à ditadura", deixando para trás as "idas de bicicleta à Marinha Grande para ir buscar o Avante" e as escutas clandestinas, em casa, da rádio Voz da Liberdade e da Rádio Moscovo.

O português chegou a França sem falar a língua, foi encarregado-geral no metro de Paris, onde ajudou a construir 23 estações, e, em maio de 68, associou-se aos protestos e foi um dos instigadores da greve numa estação da capital francesa.

Em 2011, Batista de Matos recebeu a Comenda da Ordem Nacional de Mérito e há duas semanas recebeu a Medalha da Cidade de Fontenay-sous-Bois.

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