Refugiados recusam-se a sair da Bobadela
Dezasseis dos vinte refugiados reinstalados em Portugal, na sequência de um pedido do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), recusam-se a abandonar o Centro de Acolhimento da Bobadela, informou hoje o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
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País ACNUR
Segundo um comunicado do SEF, dezasseis refugiados recusam-se a abandonar o Centro da Bobadela e a transitar para a segunda fase do projeto, que implica a sua deslocação para fora de Lisboa.
A segunda fase do projeto está a cargo do Instituto da Segurança Social e de outras entidades parceiras, e prevê a integração dos refugiados em diversas localidades, a fim de ser potenciada a sua inclusão na sociedade portuguesa.
No âmbito de um pedido do ACNUR, Portugal recebeu, no final de 2012 e no início de 2013, um grupo de 20 cidadãos estrangeiros já com estatuto de refugiado, provindos de campos situados na Tunísia e no Egipto, que foram os seus primeiros países de acolhimento.
O acolhimento em Portugal incluiu um projeto de integração, composto por duas fases, que teve colaboração de diferentes entidades parceiras entre as quais o SEF, o Instituto da Segurança Social, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, o Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Conselho Português para os Refugiados.
A primeira fase do projeto de integração decorreu até agosto último e caracterizou-se pelo acolhimento a cargo do Conselho Português para os Refugiados, tendo os refugiados reinstalados beneficiado do apoio de uma equipa multidisciplinar, incluindo aulas de português.
Concluída a primeira fase do projeto, e após a realização de entrevistas individuais com técnicos da Segurança Social, a fim de ser gizado o projeto individual, quatro dos refugiados anuíram e já se encontram nos locais escolhidos para prosseguir a segunda fase do projeto de integração, mas os restantes dezasseis recusam-se a sair do Centro de Acolhimento da Bobadela.
Segundo o SEF, as entidades parceiras do projeto continuam a envidar todos os esforços, através de ações de sensibilização, para que aqueles dezasseis refugiados possam reconhecer a importância de acolher a segunda fase do projeto e prosseguir a sua integração em Portugal e continuem a beneficiar da proteção e assistência do Estado português.
A Lusa aguarda esclarecimentos suplementares que pediu ao SEF.
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