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Greve dos inspetores das pescas com quase 100% de adesão
A greve dos inspetores das pescas ao trabalho extraordiná rio, que teve início em abril e hoje termina, teve uma adesão dos "11 inspetores de praticamente 100%", disse à Lusa a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública.
© iStock
País Protestos
Em causa estão a falta de recursos humanos, já que atualmente Portugal dispõe de 11 inspetores, e a ausência da valorização da carreira profissional, "que é esperada desde 2009", explicou Rui Raposo, da federação sindical, adiantando que no mês passado entraram oito novos inspetores, os quais "ainda estão em fase experimental", logo "sem autonomia" no desempenho das suas funções.
Em 2 de abril, os inspetores das pescas iniciaram um trimestre de greve ao trabalho extraordinário e em dia de descanso, que termina hoje, mas na próxima terça-feira (3 de julho) arrancam com uma nova paralisação que irá durar até 30 de setembro.
"O Governo continua sem negociar o projeto de diploma de carreira", disse, salientando que "desde março" último que a federação "não tem tido sinal" do executivo.
Por exemplo, Espanha conta com "mais de 100 inspetores das pescas", apontou.
Os inspetores das pescas são responsáveis pela inspeção da atividade da pesca a bordo dos navios, quer em mares nacionais como da União Europeia, como nas lotas nos portos.
Fiscalizam a pesca clandestina, a idade das espécies, a qualidade do pescado, entre outras funções.
Em fevereiro, o Ministério do Mar apresentou à federação um projeto de criação da carreira especial de inspeção das pescas, que, segundo a estrutura sindical, não correspondeu às expectativas e às exigências dos trabalhadores, porque no plano salarial não se regista qualquer valorização, mas também porque não consagra medidas para a resolução de problemas que subsistem há largos anos, como o da organização dos horários e da duração de trabalho, o da compensação pelo trabalho prestado em missões a bordo e o do regime de aposentação, segundo a entidade.
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