No dia em que celebra o seu 28.º aniversário, a APAV, associação que se mantém focada na missão de apoiar vítimas de crime, assim como os seus familiares e amigos, revela os números representativos do seu trabalho.

Em comunicado, a associação refere que, em 2018, a APAV já está estabelecida em 26 localidades, com 18 Gabinetes de Apoio à Vítima. No ano passado, a associação apoiou pessoas oriundas de 270 concelhos (dos 308 existentes).

Só em 2017, a APAV realizou 40.928 atendimentos, firmados em 12.086 processos de apoio. Nestes processos, foi possível identificar 9.176 vítimas e 21.161 crimes, lê-se no comunicado. 

Nos crimes contra pessoas, os números da violência doméstica continuam a ser os mais expressivos (75,7%), destaca a APAV, ressalvando que começaram a emergir nas estatísticas da associação outras formas de crime, como é o caso do bullying (0,5%), registando-se um aumento de 19% do número total de atendimentos (entre 2015 e 2017).

A associação salienta que o apoio prestado às vítimas é contínuo, indo muito além do momento do crime.

Mais homens, mulheres, idosos e crianças

O trabalho traçado até aqui leva a APAV a reconhecer, "cada vez mais na sua missão, a necessidade de combater as desigualdades estruturais da sociedade portuguesa, sejam com base no género, na orientação sexual, na etnia ou na faixa etária, entre outras". 

De acordo com os dados avançados, a associação chega a mais homens, mulheres, idosos e crianças. Em 2017, foram vítimas de crime 944 pessoas idosas (+65 anos - em média 3 por dia e 18 por semana), 810 crianças e jovens (em média 2 por dia e 16 por semana), 5.036 mulheres adultas (em média 14 por dia e 97 por semana) e 775 homens adultos (em média 2 por dia e 15 por semana).

Salientando que, em 2017, 56,6% dos atendimentos foram feitos via telefone, a APAV relembra os seguintes contactos:

Linha de Apoio à Vítima: 116 006

Apoio online: facebook.com/APAV.Portugal