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Espanhol procurado há dois anos por burla e fraude detido em Portugal

A Polícia Judiciária deteve em Esposende um cidadão espanhol indiciado por crimes de fraude fiscal e burla, no valor de 11 milhões de euros, e sobre o qual foi emitido um Mandado de Detenção Europeu.

Espanhol procurado há dois anos por burla e fraude detido em Portugal
Notícias ao Minuto

18:27 - 23/06/18 por Sara Gouveia com Lusa

País Crime

Um carpinteiro, de nacionalidade espanhola, era administrador de uma empresa que vendia casas pré-fabricadas na Galiza, e, depois de ser implicado numa das maiores tramas de emissão de faturas falsas de Espanha, estava há dois anos fugido das autoridades, sendo um dos criminosos mais procurados pela Europol.

Fonte da PJ disse hoje à Lusa que o detido "era uma das pessoas mais procuradas pelo sistema judicial" de Espanha, por suspeitas de ter "defraudado o erário público em valor superior a 11 milhões de euros".

José Manuel Costas, de 56 anos, foi esta sexta-feira detido em Esposende, numa operação do grupo ENFAST- European Network of Fugitive Active Search Teams, uma ação conjunta entre a Polícia Judiciária portuguesa, a GNR de Esposende e a polícia espanhola.

Durante os últimos meses a busca por José Manuel Costa foi intensificada por várias cidades europeias, depois de as autoridades terem recebido várias informações de testemunhas que davam conta que estaria na Suiça ou no Reino Unido. No entanto, o paradeiro do carpinteiro parece ter sido sempre Portugal, desde que fugiu em julho de 2016.

José Manuel estava a colaborar com a Procuradoria de Crimes Económicos de Vigo quando o processo foi julgado em 2010, depois de uma queixa que levou à sua detenção quando foi visto a deixar uma agência bancária com um saco com 380 mil euros. O carpinteiro ajudou a explicar toda a mecânica da fraude de faturas, que envolvia mais de duzentas empresas e dos 91 processos que derivaram para as empresas implicadas, a maior parte deles foi resolvido com acordos e multas.

No entanto, numa das partes do processo, José Manuel acabou por ser julgado e condenado a seis anos de prisão, mas antes de ir para a cadeia, acabou por fugir, deixando os julgamentos em curso parados.

O detido será, esta segunda-feira, presente ao juiz de instrução criminal do Tribunal da Relação de Guimarães para que lhe seja aplicada uma medida de coação e abertos os procedimentos para a sua extradição para Espanha.

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