Paulo Blanco diz que pedido de condenação do MP era previsível
O arguido Paulo Amaral Blanco disse hoje, à saída do julgamento da Operação Fizz, que o pedido do Ministério Público (MP) para que o tribunal o condene por corrupção e branqueamento de capitais era expectável.
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País Operação
"A posição que a Dra. Leonor Machado sustentada em tribunal é decorrente de um conjunto de regras de funcionamento do Ministério Público e aquilo que ela pediu era absolutamente previsível, expectável", disse.
A procuradora do Ministério Público no julgamento da Operação Fizz pediu hoje a condenação do advogado Paulo Blanco por corrupção ativa e branqueamento de capitais a uma pena inferior a cinco anos, mas suspensa.
O arguido deixou algumas críticas à investigação do MP e à própria atuação em julgamento, nomeadamente pelo facto de não ter arrolado inicialmente qualquer elemento da Polícia Judiciária, o que considerou "sintomático".
Insistindo na sua inocência, Paulo Blanco recorreu a um provérbio para dizer que está de consciência tranquila.
"Há um provérbio francês que diz: a consciência tranquila é a melhor almofada e eu tenho dormido bem e hoje também vou dormir bem".
Contudo, "há alguns atores judiciários que há muito meses dormem mal", disse aos jornalistas sem adiantar mais nada.
Da parte da manhã, o ex-procurador Orlando Figueira, para quem foi pedida a condenação a pena suspensa por corrupção passiva e branqueamento de capitais, disse que ficou "surpreendidíssimo" com a posição do Ministério Público.
"Estou surpreendidíssimo, mas estou certo que o tribunal este atento nestas sessões durante seis meses e estou certo que chegará a outras conclusões", afirmou o ex-procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal a quem o MP acusou de ter sido corrompido.
O ex-procurador do Ministério Público Orlando Figueira, o advogado Paulo Blanco e o empresário Armindo Pires são os três arguidos do julgamento no âmbito da Operação Fizz.
A Operação Fizz julga um caso que envolveu também o antigo vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, mas cujo processo foi entregue às autoridades angolanas.
O julgamento da Operação Fizz teve início a 22 de janeiro e assenta na acusação de que Orlando Figueira recebeu 760 mil euros para arquivar processos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), um deles o caso da empresa Portmill, relacionado com a aquisição em 2008 de um imóvel de luxo situado no Estoril.
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