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"Sinais de confrontos" mantêm-se na República Centro-Africana

O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) confirmou à Lusa que se mantêm os "sinais de confrontos" entre grupos armados e as forças da Minusca, em que estão integrados militares portugueses na República Centro-Africana (RCA).

 "Sinais de confrontos" mantêm-se na República Centro-Africana
Notícias ao Minuto

11:10 - 16/06/18 por Lusa

País EMGFA

Portugal iniciou a participação na missão Minusca das Nações Unidas na República Centro-Africana a 17 de janeiro de 2017. A 1.ª e a 2.ª Força Nacional Destacada foi constituída por militares do Exército, na sua maioria Comandos, e da Força Aérea.

Atualmente está no terreno a 3.ª força Nacional Destacada Conjunta, composta por 159 militares, 156 do Exército, sendo 126 paraquedistas, e três da Força Aérea, que iniciaram a sua missão a 05 de março de 2018 e tem prevista de finalização no início de setembro deste ano, sendo substituída pela 4.ª Força Nacional Destacada conjunta, também composta maioritariamente por paraquedistas.

Já integraram a missão 477 militares, divididos pelos três contingentes.

Os 159 militares que estão no terreno compõem a Força de Reação Rápida (Quick Reaction Force) da Minusca e têm a sua base principal na capital, em Bangui, junto ao aeroporto, e já estiveram envolvidos em cerca de duas dezenas de confrontos.

"Até ao momento, a QRF já teve 18 contactos com elementos dos grupos armados na RCA. Para além das operações efetuadas, a força foi sujeita a flagelações e emboscadas. Tivemos dois militares com ferimentos ligeiros, um resultante do estilhaço de uma granada de mão e outro fruto de uma pedrada", refere o EMGFA, numa resposta a perguntas da agência Lusa.

O EMGFA confirma que se "mantêm os sinais de confronto entre os grupos armados com as forças da Minusca", salientando que a situação está permanentemente a ser analisada e "não existem elementos que permitam concluir pela degradação da situação de segurança no país".

"Esta é, efetivamente, uma missão com risco acrescido, tendo em consideração os vários teatros de operações em que Portugal tem forças destacadas. A componente militar da Minusca mantém uma capacidade de reação a ameaças emergentes e efetivas, onde se inclui a QRF portuguesa. Esta QRF tem a capacidade de conduzir operações conjuntas ou de forma isolada, materializando uma resposta decisiva para proteger a população", acrescenta.

O EMGFA salienta que, sendo uma força de reação imediata que atua sob mandato das Nações Unidas, estão sujeitos a "um risco acrescido levando em consideração os objetivos a cumprir, que são, sempre, a salvaguarda das vidas da população indefesa".

Os meios ao dispor das forças portuguesas para desempenhar a sua missão são considerados "os necessários para cumprir as tarefas que lhe estão atribuídas", tendo chegado nos últimos dias cinco viaturas blindadas (Humvee), idênticas às que estão em operação desde o início da missão.

"O facto de algum material e equipamento ter sido danificado depois das operações efetuadas pela QRF portuguesa justificam esta necessidade natural, importa salientar. Para além do reforço de cinco viaturas blindadas de transporte de pessoal, foram rececionados sobressalentes para as demais viaturas existentes, bem como para material e equipamento diverso nas várias classes de reabastecimento", salienta o documento.

Dos 159 militares da Força de Reação Rápida, três são da Força Aérea e pertencem ao Destacamento de Controlo Aéreo Tático Avançado e têm por missão planear e executar todas as missões que envolvam helicópteros e aeronaves de asa fixa.

A Força de Reação Rápida está organizada com três pelotões paraquedistas e integra, também, pessoal de apoio, que assegura a sustentação logística e a confeção das refeições, uma equipa de manutenção e uma equipa sanitária com dois médicos, três enfermeiros e dois socorristas, que em caso de necessidade também estão prontos para combate.

"A missão principal desta força é estabelecer uma presença contínua nas zonas de risco para a população, dissuadindo a violência e atuando na prevenção de violações ao direito à vida e à segurança de civis por parte de grupos armados", conclui o EMGFA.

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