Investigadores avaliam potencial dos estuários para a aquicultura
Uma equipa de investigadores dos departamentos de Física e Biologia da Universidade de Aveiro (UA) está a desenvolver um sistema que avalia o potencial de exploração aquícola das zonas estuarinas, anunciou hoje fonte académica.
© Reuters
País Aveiro
A avaliação do potencial produtivo é feita para cada uma das espécies de interesse comercial e de fora do estudo apenas ficarão os dois estuários portugueses vedados à aquicultura: Douro e Arade.
O projeto, financiado pelo Programa Operacional "Mar 2020" no âmbito do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP), chama-se "Aquimap", associa a análise de fatores físicos e microbiológicos à georreferenciação e decorrerá durante três anos.
Segundo os investigadores, o Aquimap "pode ser um passo importante" para chegar à meta de, até 2025, atingir as 25 mil toneladas anuais de produtos com origem na aquicultura, estabelecida no Plano Estratégico para a Aquicultura Portuguesa 2014-2020.
"Para cumprir esta meta, a produção nacional teria de crescer 15 a 20 por cento ao ano. Para este crescimento se verificar, terão que ser identificadas novas áreas e otimizar a produção nas atualmente existentes, o que requer o seu mapeamento exato e rigoroso, fundamentado em estudos de modelação hidrodinâmica e de qualidade da água, de elevado valor técnico e científico, como o que se propõe realizar pela equipa responsável pelo projeto Aquimap", refere uma nota informativa da Universidade.
O projeto será desenvolvido pelo Núcleo de Modelação Estuarina e Costeira liderado por João Miguel Dias, do Departamento de Física, e pelo Laboratório de Microbiologia Aplicada, liderado por Adelaide Almeida, do Departamento de Biologia, ambos integrados no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM).
"A Associação Portuguesa de Aquacultores mostrou-se muito interessada nos resultados deste projeto e disponível para colaborar no seu desenvolvimento, fornecendo todas as informações necessárias para a sua concretização", comenta Miguel Dias, coordenador do Aquimap.
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