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Primeiras consultas para deixar de fumar aumentaram 70% num ano

As primeiras consultas de apoio intensivo à cessação tabágica aumentaram cerca de 70% entre 2016 e 2017, passando de 7.145 para 11.493, quase 30% do total das consultas realizadas no ano passado, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

Primeiras consultas para deixar de fumar aumentaram 70% num ano
Notícias ao Minuto

17:31 - 29/05/18 por Lusa

País DGS

De acordo com dados avançados hoje à agência Lusa a propósito do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala na quinta-feira, foram disponibilizadas em 2017 no Serviço Nacional de Saúde (SNS) 39.763 consultas, mas 7.941 face ao ano anterior, o que representou um aumento de 25%.

Os locais de consulta de apoio intensivo à cessação tabágica a nível dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e unidades hospitalares do SNS também aumentaram, passando de 180 em 2016, para 218 em 2017 (mais 21,1%).

Questionada pela Lusa sobre se existe lista de espera para estas consultas, a DGS afirmou que "a procura é variável ao longo do ano e entre consultas", existindo "algumas consultas com pouca procura, outras com lista de espera".

O Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo da Direção-Geral da Saúde associou-se às comemorações do Dia Mundial sem tabaco 2018 promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que desafiou todos os países a intensificarem o controlo do tabaco como parte das suas estratégias para a diminuição da mortalidade por doenças cardiovasculares.

A DGS refere que o consumo de tabaco é a segunda principal causa de doença cardiovascular, a seguir à hipertensão arterial, adiantando que fumar e a exposição ao fumo ambiental contribuem para aproximadamente 12% do total de mortes por doença cardíaca em todo o mundo.

Mesmo as pessoas que fumam menos de cinco cigarros por dia apresentam maior risco de desenvolver doença coronária, adverte a DGS, que lança na quarta-feira a Campanha Nacional de Luta Contra o Tabagismo 2018.

Em Portugal, segundo estimativas elaboradas pelo Institute of Health Metrics and Evaluation para 2016, hoje divulgadas pela DGS, o tabaco foi responsável pela morte de mais de 2.100 pessoas por doenças cerebrocardiovasculares (5,7% do total de óbitos). Destas, 1.620 eram homens e 545 eram mulheres.

Segundo a OMS, a epidemia global do tabaco mata mais de sete milhões de pessoas por ano, das quais cerca de 900.000 são não fumadores que morrem por exposição ao fumo do tabaco.

Os objetivos traçados pela OMS para o Dia Mundial Sem Tabaco 2018 passam por "destacar a relação entre o consumo de produtos do tabaco, a saúde do coração e as doenças cardiovasculares" e "aumentar a consciencialização da população sobre o impacto do consumo do tabaco e da exposição ao fumo ambiental na saúde cardiovascular".

"Proporcionar oportunidades para o público, governos e outros assumirem medidas de promoção da saúde cardiovascular, protegendo as pessoas do consumo de tabaco" e "incentivar os países a intensificarem a implementação das medidas preconizadas pela Convenção-Quadro da OMS para o Controlo do Tabaco" são outros objetivos preconizados para este dia, que tem este ano como tema "O tabaco destrói corações, escolha saúde, diga não ao tabaco".

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