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Comerciantes e moradores da Amadora satisfeitos com a videovigilância

Um ano depois da instalação da videovigilância no concelho da Amadora, moradores e comerciantes manifestaram-se satisfeitos com a medida, sublinhando que o sentimento de segurança aumentou e que os criminosos agora "pensam duas vezes" antes de atuar.

Comerciantes e moradores da Amadora satisfeitos com a videovigilância
Notícias ao Minuto

06:14 - 28/05/18 por Lusa

País Reportagem

O município da Amadora, no distrito de Lisboa, tem, desde 11 de maio de 2017, 103 câmaras de videovigilância em funcionamento nos espaços públicos.

A instalação deste sistema representou um investimento municipal de um milhão de euros, acrescido de cerca de 900 mil euros na rede de fibra ótica.

As câmaras captam imagem em áreas urbanas e comerciais consideradas críticas, nomeadamente na zona central da cidade e na Reboleira, Venteira, Venda Nova, Damaia, Brandoa e Alfornelos.

A agência Lusa ouviu alguns moradores e comerciantes que, na sua maioria, consideraram a videovigilância como uma "medida muito importante" na prevenção de crimes na via pública, reconhecendo que se sentem mais seguros quando caminham sozinhos na rua.

"Eu acho que é muito bom porem aqui [câmaras]. Isto aqui é criminalidade durante o dia e a noite. A gente chega a um ponto que até tem medo de andar na rua sozinhos. Isto pode fazer com que as pessoas tenham mais cuidado", afirmou à Lusa Maria da Glória, uma moradora de 82 anos, exemplificando que na rua onde vive "deixaram de partir os vidros dos carros".

No mesmo sentido outro morador, que regressava da escola, e que já foi no passado vítima de violência, elogiou o sistema instalado há um ano: "É importante porque eles assim têm medo de alguma coisa. Antes se alguém fosse assaltado ninguém podia saber o que aconteceu. Agora, com as câmaras, temos alguma coisa para manter a segurança", apontou.

Do lado dos comerciantes, o sentimento também é de satisfação com a instalação da videovigilância, como referiu à Lusa o proprietário de um quiosque junto à estação da Amadora.

"Achamos que é uma medida muito boa, pois este é um sítio propício a haver problemas. As opiniões sobre a videovigilância são diversas. Há pessoas, como eu, que acham que é uma boa medida e outras que até põem em causa se as câmaras estão ligadas", apontou.

Já o presidente da Associação de Comerciantes da Amadora e Oeiras, João Antunes, não tem "dúvidas" de que a videovigilância foi "uma grande mais valia" para o concelho, nomeadamente para a criação de um sentimento de segurança.

"Os comerciantes sentem-se mais seguros e acham que há mais segurança sobretudo nas zonas onde existe videovigilância. Antes, no inverno, os comerciantes fechavam antes da hora porque tinham receio de ser assaltados à noite e isso agora já não acontece", sublinhou, apontando a freguesia da Damaia e o centro da cidade da Amadora como os mais inseguros do município.

As imagens das câmaras de videovigilância, captadas sem som, são controladas e gravadas 24 horas por dia na Divisão da Amadora da PSP e podem ser visionadas no Comando Metropolitano de Lisboa, em Moscavide, através de uma ligação à Rede Nacional de Segurança Interna.

O município apresentou o primeiro projeto de videovigilância em 2008, em colaboração com o Comando Metropolitano da PSP, para 113 câmaras, mas o pedido foi recusado após parecer negativo da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD).

O projeto foi reformulado, em resposta às observações da CNPD, e teve de ser posteriormente adaptado à nova legislação em 2012, altura em que o parecer da comissão deixou de ser vinculativo.

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