O programa de bolsa de peritos, constituído por técnicos nacionais e internacionais, foi avançado pelo presidente da estrutura de missão para a instalação do sistema de gestão integrada de fogos rurais, Tiago Oliveira, num fórum sobre incêndios florestais realizado no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.

"Se quisermos sobreviver no presente ano e reduzir a possibilidade de fatalidades como houve no ano passado, temos que ser capazes de melhorar a informação meteorológica, tomada de decisão e gestão do risco de incêndios florestais. Esse vai ser o contributo pontual da estrutura de missão, através da agência, para o presente ano", disse Tiago Oliveira.

O mesmo responsável explicou que a estrutura de missão tem como tarefa construir um modelo futuro de prevenção e combate aos incêndios, mas na presente campanha de combate aos fogos a função passa por ajudar a GNR, Autoridade Nacional de Proteção Civil, Forças Armas e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) "com técnicos, com melhor ciência e modelos de apoio decisão".

"Estamos a construir um modelo do futuro, mas no presente ano temos de ajudar as entidades, o ICNF, a GNR, a ANPC, naquilo que eles necessitarem, nomeadamente através de peritos", disse Tiago Oliveira, em declarações à agência Lusa, no final do fórum.

Para tal, adiantou, existe um programa de bolsa de peritos, que vai ser preenchido com técnicos portugueses e internacionais, que vão ajudar, nomeadamente no desenho dos sistemas de apoio à decisão.

Tiago Oliveira frisou que estes peritos têm competências "mais específicas e mais técnicas", como análises de incêndios, meteorologia e apoio à coordenação aérea.

"Vão estar no apoio nacional, na parte da estratégia, na observação da informação e vão estar depois na operação, ajudando os bombeiros na parte da manobra e da tática", realçou.

Questionado sobre qual a localização destes peritos durante os fogos, referiu que "vão estar onde for necessário estar".

"A ideia é que nós estamos disponíveis e prontos a ajudar. É esse o compromisso que temos", sustentou, referindo que o procedimento não está fechado e está ainda a ser trabalhado.

A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais vai funcionar a partir de 2019 e será responsável pelo planeamento, avaliação e coordenação das entidades envolvidas na prevenção e combate aos incêndios, designadamente ANPC, GNR e ICNF, mas na próxima época de fogos já vai ter este "contributo pontual".