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A omnipresença do plástico tem de ser repensada, defende ministro

O ministro do Ambiente defendeu hoje que "a presença quase omnipresente do plástico tem de ser repensada" e que há "muito caminho" para sensibilizar consumidores, indústria e comerciantes.

A omnipresença do plástico tem de ser repensada, defende ministro
Notícias ao Minuto

23:50 - 24/05/18 por Lusa

País Ambiente

João Pedro Matos Fernandes falava em Lisboa numa cerimónia de lançamento de uma campanha de sensibilização para a redução de plásticos na restauração e alojamento, da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

"A adoção de práticas em que o plástico seja retirado e deixe de ser abusado o seu uso é muito importante. Todos nós somos confrontados, muitas vezes sem pedir, com o abuso do plástico e isso é uma coisa que tem de ser alterada. Plástico tem origem em combustíveis fosseis e temos que usar menos plástico e fazer um uso que garanta a reciclabilidade", disse o ministro à Lusa, a propósito da iniciativa.

A campanha da AHRESP resulta de um "aviso" do Fundo Ambiental sobre "Repensar os Plásticos na Economia: Desenhar, Usar, Regenerar", ao qual a associação se candidatou, a par de outras três entidades. As quatro assinaram hoje com o Fundo Ambiental os contratos respetivos, tendo todos em comum a redução do uso do plástico e a possibilidade de reutilização do mesmo, como lembrou o ministro.

Na cerimónia, Carlos Moura, primeiro vice-presidente da AHRESP, lembrou que 85% dos lixos nas praias de todo o mundo têm origem nos plásticos e disse depois que a campanha que agora começa inclui "brigadas de jovens" que vão estar em eventos de Verão, como os festivais, a sensibilizar para a matéria, e a utilização das redes sociais.

A campanha abrange todo o país e vai decorrer até outubro, sensibilizando empresários, consumidores, turistas, entidades institucionais e governamentais e órgãos de comunicação social. No final da campanha é feita uma conferência e serão pesados os plásticos recolhidos em todo o país.

João Pedro Matos Fernandes lembrou aos presentes a ilha Henderson, no oceano Pacífico e que é o local do mundo com maior concentração de detritos, 672 pedaços de lixo por metro quadrado, e depois, sem negar os benefícios do plástico, acrescentou: "continuamos a assistir a uma escalada na produção e consumo do plástico".

Em 2014, lembrou o ministro, 4% do consumo de petróleo foi direcionado para o consumo de plástico. E em 2050 será 20%, acrescentou, para relembrar depois os números que apesar de repetidos são muito esquecidos: um saco de plástico demora um segundo a ser produzido, tem 20 minutos de vida útil e leva 450 anos a decompor-se.

E porque a cerimónia era sobre a redução do uso do plástico perguntou Matos Fernandes por que oferecem na restauração talheres de plástico sem que sejam pedidos, por que o café vem sempre com uma colher de plástico mesmo para quem não usa açúcar, por que um pacote de leite tem de ter sempre uma palhinha de plástico agarrada.

Além da AHRESP, concorreram ao aviso do Fundo Ambiental e vão desenvolver projetos a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), a BioRumo, consultoria em ambiente e sustentabilidade, e a empresa especializada em tecnologia de moldes Ernesto São Simão.

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