Num comunicado hoje divulgado, a CML "lamenta profundamente o desaparecimento do pintor Júlio Pomar", recordando o percurso de vida do artista plástico, que nasceu em Lisboa em 1926, cidade onde acabou também por morrer.
A autarquia lembra, entre outras coisas, que Júlio Pomar, "nome maior da pintura modernista", é o autor das pinturas da estação de metro do Alto dos Moinhos, "onde juntou Camões, Bocage, Almada e Pessoa".
É também em Lisboa que se situa o Atelier-Museu Júlio Pomar, "fundado pela Câmara Municipal de Lisboa e aberto ao público em 2013, num edifício do século XVII alvo de uma reabilitação da autoria do arquiteto Siza Vieira, amigo do pintor".
É ali que está depositada "uma coleção com cerca de 400 obras suas em pintura, escultura, desenho, gravura, serigrafia e artes decorativas".
Em 2016, Júlio Pomar "foi distinguido com a Medalha Municipal de Honra, pela Câmara de Lisboa".
Pintor e escultor, Júlio Pomar é considerado um dos criadores de referência da arte moderna e contemporânea portuguesa.
O artista deixa uma obra multifacetada que percorre mais de sete décadas, influenciada pela literatura, a resistência política, o erotismo e algumas viagens, como a Amazónia, no Brasil.