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"Há quem diga que a situação descambou. O que implica não planeamento"

Advogado de um dos 23 suspeitos das agressões em Alcochete disse esta sexta-feira que "se calhar" não estão detidas pessoas importantes neste processo, engrossando deste modo a 'nuvem' de suspeição em torno das agressões.

"Há quem diga que a situação descambou. O que implica não planeamento"
Notícias ao Minuto

14:11 - 18/05/18 por Melissa Lopes

País Alcochete

Pedro Madureira, advogado de um dos 23 suspeitos, que estão a ser ouvidos no Tribunal do Barreiro, de ter agredido jogadores e membros da equipa técnica em Alcochete, prestou declarações aos jornalistas, atirando para o ar algumas suspeitas em torno do processo em causa.

Questionado pelos jornalistas, à porta do Tribunal, sobre se falta deter “pessoas importantes”, Pedro Madureira deu a entender que sim, que "não estão" ali todos os elementos envolvidos na invasão à Academia. 

"Não sei se elas estão aqui. Na minha modesta opinião, se calhar não [estão]. Se falta deter pessoas mais importantes? Não sei quem mais terá responsabilidade, não sei. Que poderia haver outras pessoas, se calhar haveria, que se calhar serão do conhecimento das autoridades, se calhar será. Que há outros nomes que já foram veiculados pela comunicação social, há”.

Interrogado sobre a viatura de marca BMW que terá saído da Academia, alegadamente com os cabecilhas do ataque no balneário do Sporting, já depois de ter chegado a GNR à Academia o advogado socorreu-se do mesmo registo, devolvendo com a pergunta: “Só sabem do BMW?”.

Quanto às imagens da entrada dos agressores, que os advogados dos suspeitos suspeitam terem sido manipuladas, o advogado diz e reforça que não as viu.

Sobre a possibilidade de o ataque ter sido planeado, Pedro Madureira referiu que “há quem diga, pessoas ligadas ao Sporting, que a situação descambou”. “O que implica não planeamento”, defendeu, admitindo que “há-de ter sido marcada alguma coisa” através de um grupo numa rede social “mais ou menos público”.

Relativamente às ditas armas que os suspeitos levavam ou não, nomeadamente uma barra de ferro com que Bas Dost terá sido agredido, o advogado voltou a lançar a dúvida. “Não vi imagem nenhuma que traduza isso. Que tipo de armas? Não vi”.

“Por vezes, um objeto normal no sítio errado à hora errada pode ser entendido como uma arma”, comentou, sem querer justificar “aquilo que está ou não está no processo”. Tratar-se-á, segundo o advogado, de um objeto – e não arma – ligado à prática de desporto, “que nada tem a ver com um bastão de basebol”.

Recorde-se que, dos 23 arguidos, nove decidiram falar no Tribunal do Barreiro, estando as audiências ainda a decorrer esta sexta-feira, não sendo ainda certo se as medidas de coação aplicadas venham a ser conhecidas no dia de hoje. 

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