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Desempregados da Siderurgia Nacional querem resolver processo com 17 anos

Dois grupos de desempregados da Siderurgia Nacional entregaram hoje, na Assembleia da República (AR), um conjunto de documentos para pedirem solução para um processo que se arrasta há 17 anos, solicitando nomeadamente a reforma antecipada.

Desempregados da Siderurgia Nacional querem resolver processo com 17 anos
Notícias ao Minuto

12:34 - 16/05/18 por Lusa

País AR

"Esta luta começou em 2001. Altura em que fomos despedidos e em que a empresa disse que iríamos ter postos de trabalho e uma boa indemnização", recordou Nuno Silva à agência Lusa, lamentando que os trabalhadores tivessem sido pressionados para rescindir o contrato face às garantias apresentadas.

No entanto, as empresas que resultaram do encerramento da Siderurgia Nacional contrataram outras pessoas, que não os ex-funcionários.

Com o final do prazo prometido, os trabalhadores avançaram com processos judiciais contra as siderurgias e contra o Estado, para uma reintegração.

Com a evolução do processo, o Supremo "excluiu o Estado do processo", que decidiu que a ação deveria estar num tribunal de primeira instância e sem questionar o valor envolvido de 14.963,96 euros, de acordo com informações dos queixosos.

Entretanto, segundo os desempregados, o valor foi dividido pelos 111 autores e considerado "pelo Supremo como bastante baixo".

Junto à escadaria do parlamento, Nuno Silva citou a legislação que "aparece no encerramento da atividade siderúrgica do Estado" para provar o "direito à reforma".

Pinto Ferreira, de outro grupo de desempregados, explicou que inicialmente integraram o processo jurídico 111 queixosos, mas que com mortes e "outros que acabaram por se reformar, com reformas miseráveis", "estão 60/70 pessoas".

Nesta nova tentativa de resolver a situação, os documentos foram endereçados ao presidente da AR, Eduardo Ferro Rodrigues, e a todos os grupos parlamentares, seguindo-se o contacto com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, a Provedoria da Justiça e a Procuradoria Geral da República.

"Nós quando vimos aqui [parlamento] somos muito bem recebidos e há muita solidariedade, só que não nos tem servido para nada", lamentou a mesma fonte, sublinhando a dureza do trabalho siderúrgico, "que traz mazelas ao longo vida".

"As coisas estão a agravar-se cada vez mais com a idade, temos mais de 55 anos e dificilmente aqueles que estão no desemprego conseguem trabalho", concluiu.

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