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Espécies invasoras são principal ameaça à conservação da natureza

As espécies invasoras são o principal fator de extinção da natureza, pelo que deve reduzir-se a sua expansão, disse hoje em Roma um perito da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), noticiou a agência Efe.

Espécies invasoras são principal ameaça à conservação da natureza
Notícias ao Minuto

21:53 - 16/04/18 por Lusa

Mundo UICN

O diretor do grupo especialista em espécies invasoras da UICN, Pietro Genovesi, assegurou, numa iniciativa pública, que essas espécies são, sozinhas, responsáveis por 16% das extinções no planeta, uma percentagem que sobe para 40% em combinação com outras ameaças.

"São um importante desafio para a conservação da diversidade", indicou Genovesi, que apelou à redução da expansão destas espécies, em crescimento constante no mundo devido a fatores como o comércio internacional.

Atualmente há mais de 79.800 espécies naturais ameaçadas, das quais mais de 23 mil estão em risco de extinção, segundo a UICN.

De acordo com a tendência atual, cerca de 16% dos mamíferos e aves poderiam ser espécies invasoras se introduzidas em lugares novos.

O especialista deu o exemplo do castor, que destruiu mais de sete milhões de hectares na Terra do Fogo, na Argentina, enquanto em África a proliferação de alfarrobeiras está a dificultar o acesso de muitas comunidades và terra.

Mais de 100 espécies têm efeitos negativos sobre a saúde, como o jacinto de água, uma planta que favorece o aparecimento de mosquitos que transmitem a malária.

Na Europa, as espécies invasoras custam mais de 12.500 milhões de euros por ano, recordou Genovesi, que acrescentou que "se as regiões ricas pagam um preço alto, as que estão em vias de desenvolvimento são ainda mais vulneráveis".

O perito apelou a uma melhoria dos sistemas de prevenção e de resposta rápida, incluindo as erradicações, que podem funcionar sobretudo em ilhas como a Nova Zelândia, onde o número de mamíferos e insetos invasores diminuiu com medidas de biossegurança.

A secretária executiva da Convenção sobre a Diversidade Biológica das Nações Unidas, Cristiana Pasca, insistiu, por seu lado, que o desenvolvimento sustentável supõe não só conservar a biodiversidade, como também fazer um bom uso dos recursos naturais e partilhar os benefícios obtidos.

Considerou que "há muito ainda por fazer" para cumprir as metas definidas para a preservação da biodiversidade para 2020 e exortou os governos a atuar no pouco tempo que resta reforçando, por exemplo, a regulação para evitar pragas.

O UICN é uma organização internacional que congrega organizações governamentais e da sociedade civil, com o objetivo de fornecer a organismos públicos e privados conhecimento e ferramentas que permitam em simultâneo o progresso humano, o desenvolvimento económico e a conservação da natureza, de acordo com a apresentação da organização no seu site.

Segundo os dados aí disponíveis, a UICN, criada em 1948, junta 1.300 membros e o contributo de mais de 10 mil peritos.

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