"Não bombardeamos a Síria porque Trump pediu, mas por ser o mais correto"
Theresa May reiterou que atacar Damasco foi "o mais correcto". Para além de considerar o ataque legal à luz da lei internacional, primeira-ministra negou que bombardeamentos a Damasco tenham acontecido devido à pressão exercida por Donald Trump.
© Reuters
Mundo Theresa May
A primeira-ministra britânica, Theresa May, compareceu esta segunda-feira perante os deputados para justificar o ataque do passado sábado contra o regime sírio de Bashar al-Assad.
Depois de o líder trabalhista Jeremy Corbyn ter afirmado que a decisão de atacar a Síria é “legalmente questionável”, uma vez que não teve a autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Theresa May garantiu que os bombardeamentos coordenados com os Estados Unidos e França foram “legalmente corretos” e que tiveram como objetivo defender o povo sírio.
Outras das acusações que têm chegado do líder do Labour, é que May aceitou o ataque por ordem do presidente norte-americano. A primeira-ministra britânica desmentiu o seu opositor e reiterou que decidiu juntar-se a Washington e a Paris por considerar que tal era o mais correto.
“Não podemos permitir que o uso de armas químicas seja normalizado, seja na Síria, nas ruas do Reino Unido ou em qualquer outro lugar”, começou por dizer May. Por isso, continuou, “não o fizemos [bombardear a Síria] porque o presidente Trump nos pediu, fizemo-lo porque acreditámos que era o mais correto a fazer. E não estamos sozinhos”, rematou.
Depois, Theresa May garantiu ter em sua posse provas de que o regime de Assad usou, mais do que uma vez, armas químicas contra a sua população. Entre estes dados na posse dos aliados está a informação de que helicópteros do regime sírio sobrevoaram a região de Douma momentos antes de surgirem imagens do alegado ataque químico, que causou dezenas de mortes. Nesse ataque, afirma a primeira-ministra britânica, foram utilizadas bombas-barril, lançadas de helicópteros.
“Nenhum outro grupo poderia ter levado a cabo o ataque. A oposição não tem helicópteros nem utiliza bombas de barril. E o Daesh [acrónimo árabe para o autodesginado Estado Islâmico] não tem, sequer, presença em Douma”, rematou May.
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