Rapazes com hábitos de sono irregulares têm mais risco de ficar obesos
Já entre raparigas não há "associações significativas entre a duração do sono e o risco de obesidade”.
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Um estudo realizado pelo Centro de Investigação em Antropologia e Saúde, da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, revela que as crianças do sexo masculino com maus hábitos de sono apresentam um risco muito elevado de obesidade.
De acordo com um comunicado enviado às redações pela Universidade de Coimbra, os investigadores estudaram os hábitos de sono de mais de oito mil crianças, com idades entre os seis e os nove anos, bem como a atividade física e os comportamentos sedentários das mesmas, e concluíram que “os rapazes que apresentavam hábitos de sono irregulares para a sua idade, isto é, quer abaixo das nove horas/noite, quer acima das 12 horas/noite, durante a semana, têm 128% maior probabilidade de serem classificados como crianças com excesso de peso comparativamente com aqueles que dormiam as horas recomendadas”.
O estudo, publicado no American Journal of Human Biology, revela ainda que, entre as raparigas que fizeram parte da investigação “não houve associações significativas entre a duração do sono e o risco de obesidade”.
Estas conclusões, inseridas numa investigação mais ampla sobre a Prevalência da Obesidade na Infância em Portugal, coordenada por Cristina Padez e financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, evidenciam a necessidade de esforços adicionais para controlar os hábitos de sono, durante a semana, dos rapazes portugueses.
“Os pais devem reforçar as regras familiares da “hora de deitar” das crianças para que estas possam ter o tempo de sono diário recomendado para a saúde”, afirma o investigador Aristides Machado-Rodrigues.
A obesidade é considerada uma das epidemias do século XXI pelo facto de estar associada a inúmeras doenças, especialmente, metabólicas e cardiovasculares.
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