Antes de China divulgar crescimento económico as previsões são positivas
A China divulga na terça-feira o ritmo de crescimento da sua economia durante o primeiro trimestre do ano, que analistas preveem irá fixar-se em 6,8%, superando a meta estabelecida pelo Governo.
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Caso se cumpra aquela previsão, a China mantém o ritmo de crescimento registado no segundo semestre de 2017, ilustrando a capacidade do país em manter uma das mais altas taxas de crescimento económico do mundo.
Aquele valor fica, no entanto, uma décima abaixo do ritmo de 6,9%, alcançado no conjunto de 2017.
Pequim estabeleceu como meta para este ano um crescimento de "6,5% ou acima".
O Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês anunciará os dados numa conferência de imprensa, na sede do Conselho de Estado, em Pequim, e dará a conhecer outros indicadores económicos, incluindo a produção industrial, emprego, investimento ou retalho.
Segundo analistas, o crescimento chinês no primeiro trimestre do ano foi sobretudo impulsionado pela forte procura mundial por produtos do país, e não reflete ainda as crescentes disputas comerciais com os Estados Unidos.
Washington impôs este mês um aumento das taxas alfandegárias sobre as importações de aço e alumínio da China.
Aquelas medidas poderão ter um impacto de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) chinês, segundo os analistas.
No entanto, caso se confirme a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de subir as taxas alfandegárias sobre uma lista de produtos que, no ano passado, representaram 50.000 milhões de dólares nas exportações chinesas, o impacto será maior.
"Caso os EUA aprovem a proposta de Trump (...), a China deverá retaliar e é provável que responda com um aumento dos impostos. Nesse caso, estimamos que o efeito na economia chinesa subirá, de uma desaceleração de 0,1%, para 0,5% do PIB", alerta a consultora britânica Capital Economics, num relatório.
Entre os argumentos utilizados por Trump para justificar a subida das taxas alfandegárias está o elevado défice de Washington nas trocas comerciais com Pequim, que no primeiro trimestre se fixou nos 98.150 milhões de yuan (12.650 milhões de euros).
A atividade industrial do país subiu, em março, fixando-se nos 51,5 pontos, acima dos 50,3 pontos alcançados no mês anterior, depois de o país ter levantado as restrições impostas ao setor manufatureiro durante o inverno, e que visaram combater a poluição.
O setor dos serviços expandiu-se também, de 54,4 pontos, em fevereiro, para 54,6 pontos, em março.
Outro indicador positivo no primeiro trimestre do ano foi o crescimento homólogo de 0,5% no investimento direto estrangeiro no país, para 227.540 milhões de yuan (29.315 milhões de euros).
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