Milo Djukanovic confirmado como Presidente do Montenegro
O dirigente pró-ocidental Milo Djukanovic foi hoje confirmado vencedor da primeira volta das eleições presidenciais do Montenegro, realizadas no domingo, quando estão apurados 97,23% dos votos.
© Reuters
Mundo Eleições
Segundo os resultados parciais da Comissão Eleitoral citados pela televisão pública montenegrina, Djukanovic, líder do Partido Democrático dos Socialistas (DPS), obteve 54,15%, sendo seguido pelo candidato da Frente Democrática Mladen Bojanic com 33,24% dos votos.
A primeira mulher da história do Montenegro a apresentar-se como candidata, a jurista Draginja Vuksanovic, do Partido Social-democrata (SDP), ficou em terceiro lugar com 8,15% dos votos. A adesão às urnas foi de 63,98%.
Cerca de 530.000 cidadãos foram chamados às urnas para eleger sete candidatos a Presidente em substituição de Filip Vujanovic, cujo mandato termina no próximo mês de maio.
Milo Djukanovic, ex-primeiro-ministro, ex-presidente e atual líder do Partido democrático dos socialistas (DPS, no poder), apresentava-se como favorito nas intenções de voto dos montenegrinos, segundo todas as sondagens.
Na breve campanha, de menos de um mês, o veterano político, um antigo aliado do líder sérvio Slobodan Milosevic no início da desintegração da Jugoslávia, e que agora conduziu o país na adesão à NATO e no caminho da UE, apresentou-se como o garante da estabilidade e do progresso do pequeno país balcânico de 620.000 habitantes.
Apesar de o cargo de presidente ser sobretudo protocolar, sem poderes executivos, Djukanovic, 56 anos e economista de formação, considerado o "pai da independência" do Montenegro em 2006, assegura que a vitória das oposições significaria um recuo na aposta euro-atlântica.
O Montenegro, país eslavo e ortodoxo, é membro da NATO desde 2017 e entre os países dos designados Balcãs ocidentais que negociam a adesão à União é o que regista mais progressos, de acordo com uma estratégia comunitária de fevereiro passado, onde se confirma a perspetiva de adesão para 2025.
No Montenegro existe um amplo consenso sobre o processo de adesão à UE, mas o ingresso na NATO suscitou profundas divisões no montanhoso Estado dos Balcãs.
As eleições de domingo são as terceiras presidenciais desde a independência do país. Djukanovic dirigiu quase sem interrupção do Montenegro durante 25 anos.
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