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Chefes de diplomacia da União Europeia reúnem-se hoje no Luxemburgo

O conflito na Síria domina hoje a reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, que se realiza no Luxemburgo dois dias após a intervenção militar que contou com a participação de dois Estados-membros da UE, Reino Unido e França.

Chefes de diplomacia da União Europeia reúnem-se hoje no Luxemburgo
Notícias ao Minuto

06:41 - 16/04/18 por Lusa

Mundo Conflito

A situação na Síria já era o assunto em destaque na agenda dos chefes de diplomacia da UE, mas ganhou naturalmente ainda mais relevância depois de, no passado sábado, Estados Unidos, França e Reino Unido terem realizado uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghouta Oriental, por parte do governo de Bashar al-Assad.

A intervenção militar foi apoiada pela generalidade dos Estados-membros da UE, tendo o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmado no próprio dia que a União Europeia "está ao lado dos seus aliados e ao lado da justiça".

O Governo português estará representado na reunião de hoje pelo ministro Augusto Santos Silva, que se desloca ao Luxemburgo apesar de inicialmente estar previsto acompanhar o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na visita de Estado a Espanha, que também tem início hoje.

Na primeira reação, em comunicado, à intervenção, o Ministério dos Negócios Estrangeiros indicou que "Portugal compreende as razões e a oportunidade desta intervenção militar", cujo objetivo foi "infligir danos à estrutura de produção e distribuição de armas que são estritamente proibidas pelo direito internacional".

De acordo com o comunicado divulgado pelo ministério de Augusto Santos Silva, o regime sírio "deve assumir plenamente as suas responsabilidades", já que "é inaceitável o recurso a meios e formas de guerra que a humanidade não pode tolerar".

Lembrando que o ataque da madrugada de sábado visou a capacidade de armamento químico da Síria e foi levado a cabo por "três países amigos e aliados de Portugal, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido", o ministério sublinhou, todavia, que é necessário "evitar qualquer escalada no conflito sírio, que gere ainda mais insegurança, instabilidade e sofrimento na região".

A ofensiva de sábado consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.

O presidente dos EUA justificou o ataque como uma resposta à "ação monstruosa" realizada pelo regime de Damasco contra a oposição.

Segundo o secretário-geral da NATO, a ofensiva teve o apoio dos 29 países que integram a Aliança.

Na sequência destes ataques, e a pedido da Rússia, realizou-se uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, na qual foi rejeitada uma proposta de condenação da ofensiva militar, apresentada pelos russos.

No domingo, o presidente russo, Vladimir Putin, avisou que novos ataques à Síria por países europeus e Estados Unidos pode provocar "o caos" nas relações internacionais, enquanto o líder sírio, Bashar al-Assad, acusou os Estados Unidos e os seus aliados de lançarem uma "campanha de falácias e mentiras" após a ofensiva militar lançada no sábado por Washington, Londres e Paris.

Hoje, será entregue ao Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução sobre a Síria, que inclui um novo mecanismo de controlo sobre o uso de armas químicas. O texto, redigido pela França, abrange três áreas: química, humanitária e política, segundo fontes diplomáticas.

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