CDS admite usar todos os "mecanismos" para apurar verdade sobre Tancos
O deputado do CDS-PP João Rebelo defendeu hoje que o seu grupo parlamentar não prescindirá dos "mecanismos regimentais de que dispõe para o total apuramento da verdade" no roubo de armas de Tancos.
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Política Assalto
"Para nós, 265 dias depois do assalto a Tancos e 154 dias depois do reaparecimento das armas roubadas, as responsabilidades permanecem por apurar. E, por isso, o CDS-PP não prescindirá dos mecanismos regimentais de que dispõe para o total apuramento da verdade", declarou João Rebelo.
O deputado centrista falava numa declaração política no plenário da Assembleia da República, dedicada à Defesa, e na qual citou o Presidente da República, que é Comandante Supremo das Forças Armadas, que disse não ter sido possível ainda "identificar cabalmente quem e como agiu, bem como o eventual nexo de causalidade".
João Rebelo atacou o ministro da Defesa e o Governo pela "situação-limite prestes a ser atingida nas Forças Armadas ao nível dos recursos humanos", patente na divulgação de um "memorando subscrito pelo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas e pelos chefes dos três ramos".
"Em seis anos, houve uma redução de mais de 25% na estrutura das Forças Armadas. Não há registo de nenhuma instituição do Estado que tenha sofrido tanto os efeitos ou consequências - algumas conjunturais, é certo - e outras de opção política. Isso deve merecer, da nossa parte, uma reflexão profunda sobre o tratamento que estamos a dar às Forças Armadas", defendeu.
João Rebelo, que foi depois confrontado por PS, BE e PCP com as responsabilidades dos centristas para esta situação, defendeu que, durante os quatro anos do executivo PSD/CDS-PP, o PS fez-se "intérprete do descontentamento dos militares", identificando "até, riscos aparentes de inoperacionalidade".
"Mas, agora, chega-nos um relato tão preocupante quanto alarmista por parte das chefias militares, e o que é que faz o PS? Desvaloriza", criticou.
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