DGS desmente aumento de casos suspeitos de Sarampo superiores a 250
Graça Freitas veio negar que haveria mais de 250 casos suspeitos de Sarampo em Portugal.
© Gerardo Santos / Global Imagens
País Graça Freitas
Oficialmente, a Direção Geral de Saúde confirma apenas 87 casos reportados e 36 confirmados de Sarampo no norte do país. No entanto, segundo a notícia avançada esta tarde pela SIC, os casos suspeitos teriam um número muito superior.
Segundo fontes revelaram ao canal de televisão, o número de casos suspeitos de Sarampo seriam muito superiores a 250.
A diretora-geral da saúde, convidada a comentar o caso no jornal da noite da SIC, esclareceu a situação afirmando perentoriamente que "esses dados não correspondem à verdade" e que "portanto a notícia não é verdadeira, de todo".
De acordo com Graça Freitas "provavelmente esses dados correspondem a contactos", mas que nem sabe de onde é que o número terá surgido.
"As fontes não sabem provavelmente o que é que é um caso suspeito. Um caso suspeito não é um contacto de um doente (...) só é suspeito quem tem sintomas e esses vão aos médicos, porque têm febre, têm conjuntivite, têm pingo no nariz, têm erupção cutânea", explicou a diretora-geral.
Apesar de admitir que o surto continua em crescimento, aproveitou para relembrar que muitos deles são casos infirmados (não provados) e que por isso, "apesar de as pessoas apresentarem sintomas quando se fazem testes laboratoriais, não dão positivos".
"Se por acaso tivéssemos passado, de ontem para hoje, de o número de casos que ontem tínhamos como reportados para o número que a SIC avançou – 250 – obviamente a diretora-geral da saúde tinha feito uma informação à população porque é esse o meu dever", insistiu.
Questionada sobre o porquê de os casos acontecerem apenas em adultos, explicou que esse é o padrão de um país com altas taxas de vacinação. "A região norte tem 97% a 98% das pessoas vacinadas, isto são estatísticas de hoje, estivemos a rever os últimos dados. Portanto aparece predominantemente em jovens adultos e muitas vezes em grupos de profissionais porque têm uma alta probabilidade de exposição", disse.
"À data não há mais do que 250 casos suspeitos ou seja com sintomas de Sarampo e quando isso acontecer nós seremos os primeiros a reportar. Amanhã daremos dados atualizados. Nunca haverá dados escondidos na DGS", rematou.
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