Guardia Civil ouviu Ana Julia insultar Gabriel enquanto trasladava corpo
Os carros da família de Gabriel Cruz, que eram usados por Ana Julia Quezada, tinham todos microfones e sinalizadores.
© Reprodução Twitter
Mundo Operação
A divulgação do auto de prisão assinado esta quinta-feira pelo juiz Rafael Soriano, na província espanhola de Almería, continua a levantar o véu sobre os contornos macabros e de surpreendente frieza com que Ana Julia Quezada cometeu o assassinato do pequeno Gabriel Cruz, de oito anos.
Assim como já tinha dado a entender, ontem, a Guardia Civil, durante a conferência de imprensa, o jornal La Vanguardia confirma que o próprio juiz encarregue do caso não dá credibilidade à defesa da suspeita e descreve, ainda, como os agentes da UCO (unidade especial da Guardia Civil) apanharam Quezada em manifestações de ódio pela criança.
Segundo descreve o documento, a que o jornal espanhol teve acesso, os carros da família, que eram usados por Ana Julia, tinham todos microfones e sinalizadores de localização. No domingo em que a dominicana foi apanhada em flagrante a mudar o corpo da criança de sítio, a 11 de março, a UCO estava a ver e a ouvir.
“Desenterrou o corpo do menino, colocou-o no porta-bagagens expressando a intenção de se desfazer do corpo numa estufa e destilando expressões vexatórias (…) que revelam, presumivelmente, uma falta de sentimentos, de humanidade (…) e pura crueldade”, descreve o documento assinado pelo juiz.
Ana Julia estava a ser ouvida pelos microfones da polícia enquanto dava “voltas sem rumo” e depois quando se dirigia para o apartamento que dividia com o pai da criança, Ángel Cruz, em La Puebla de Vícar.
Uma das outras informações que surgem com a divulgação do auto é a de que, no dia 27 de fevereiro, a suspeita primeiro cavou o buraco onde enterrou o menino e depois é que o asfixiou com as próprias mãos, sugerindo premeditação e deitando por terra as suas alegações, de que agiu no âmbito de uma discussão com Gabriel.
Sublinhe-se que, ontem, Juan Jesús Reina, comandante da unidade operacional (Unidad Central Operativa, UCO) da Guardia Civil fez, juntamente com o tenente-coronel da Guardia Civil, José Hernández Mosquera, uma conferência de imprensa onde detalharam os passos de toda a operação, chamada Operação Nemo, fazendo referência ao nome carinhoso com que Gabriel era tratado: 'pescaíto'.
Jesús Reina, comandante de la UCO, emocionado: "Encontrar a Gabriel sin vida ha sido el momento más duro de nuestra carrera". Aquí puedes ver todos los detalles: https://t.co/HqQPwyA4Ec pic.twitter.com/7kGooT7E3X
— CanalSurNoticias (@CSurNoticias) 15 de março de 2018
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