Cerca de 40 pessoas marcharam contra o estado dos transportes fluviais
As previsões de chuva não demoveram cerca 40 manifestantes que realizaram hoje uma marcha simbólica entre o terminal fluvial do Cais Sodré e o Ministério das Finanças, em Lisboa, em protesto contra a deterioração das ligações fluviais.
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País Transtejo
A marcha, organizada pelas comissões de utentes de transportes do Seixal, Montijo e Barreiro, foi marcada por gritos de ordem entoados contra a administração da Transtejo/Soflusa e contra Mário Centeno, Ministro das Finanças.
"Centeno liberta os milhões para as embarcações", foi o cântico mais ouvido durante os cerca de 20 minutos de marcha.
À chegada ao Ministério das Finanças entregaram uma carta, com as suas reivindicações, a um funcionário do Ministério.
"Esta situação já se alastra há anos, o serviço está nos limites mínimos" afirmou uma das manifestantes, Ana de 41 anos, acrescentando que as limitações da frota é um "eu 'bullying' contra os utentes".
Segundo António Freitas, da Comissão de Utentes do Seixal, a revindicação principal é que se "cumpra os horários".
"Nenhum de nós pode conseguir chegar ao emprego quando tem de apanhar um barco às 08:30 e chega lá e não há", afirmou António Freitas
Lurdes Santos,52 anos e utente do transporte fluvial entre o Montijo e Lisboa, tem a preocupação.
"Nós pagamos o nosso passe mensal e não temos o serviço para o qual pagamos, só queremos que o nosso contrato com a Transtejo seja cumprido", disse.
Devido às limitações da frota, a Transtejo reforçou na quinta, sexta e segunda-feira as ligações fluviais entre o Montijo e o Cais do Sodré com transportes rodoviários.
"Os autocarros não servem porque demoram duas horas desde o terminal do Montijo ao terminal do cais do Sodré, portanto não revolve a nossa situação", explicou Lurdes Santos.
Já Nuno Catarino, da Comissão de utentes do Montijo, não compreende a dificuldade que o Governo tem em investir na empresa pública de transporte fluvial do Rio Tejo já que "todas as ligações aumentaram de passageiros".
"Analisando o sistema de transportes da área metropolitana de Lisboa o único sistema que tem capacidade real de crescimento é o transporte fluvial", conclui.
A Soflusa faz a ligação entre o Barreiro e Lisboa, enquanto a Transtejo é a empresa responsável pelas ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão à capital.
A presidente da Transtejo afirmou hoje no parlamento, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, que espera ter à disposição, até ao final do mês, navios suficientes para garantir o serviço da operadora de transporte fluvial entre a margem sul do Tejo e Lisboa.
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