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Costa lembra origem indiana para defender a tolerância na UE

O primeiro-ministro, António Costa, recordou hoje, no seu discurso no Parlamento Europeu, a sua origem indiana para defender a tolerância como "valor absoluto" da entidade da União Europeia (UE).

Costa lembra origem indiana para defender a tolerância na UE
Notícias ao Minuto

11:39 - 14/03/18 por Lusa

País Parlamento Europeu

Reportando-se às palavras do presidente do Grupo do Partido Popular Europeu, o alemão Manfred Weber, que recordou as divisões na Europa quanto às questões das migrações com uma evocação de Vasco da Gama e da sua descoberta do caminho marítimo para a Índia, o primeiro-ministro português recordou que "porventura" seria o maior beneficiário dessa viagem.

"Aquilo que a Europa precisa não é de se fechar ao Mundo, nem é de fazer uma depuração étnica no seio da Europa. A Europa é um continente da diversidade e essa diversidade tem sido fator de riqueza. Creio que foi o senhor Weber que mencionou a viagem de Vasco da Gama à Índia e de como isso beneficiou a Europa. Eu direi mesmo que desta sala devo ser o maior beneficiário dessa viagem, visto que tendo origem indiana, porventura, não estaria aqui se Vasco da Gama não tivesse ido à Índia", disse, merecendo aplausos dos eurodeputados.

António Costa é filho de pai goês e é o primeiro chefe de Governo europeu de origem indiana.

Na resposta às perguntas dos eurodeputados no hemiciclo de Estrasburgo, após o seu discurso no quadro do ciclo de debates sobre o futuro da UE com chefes de Estado e de Governo no Parlamento Europeu, o primeiro-ministro salientou que aquilo que tem distinguido a Europa e o que dá força à Europa é o facto de ser uma comunidade de valores.

"Desde logo, um valor fundamental que é o da tolerância, o da capacidade da inclusão, sem relativismos multiculturais, porque obviamente há direitos humanos que são fundamentais e não são suscetíveis de ser discutidos nem em nome do local de origem, nem em nome da religião", afirmou.

Para António Costa, a igualdade de género é um valor absoluto em si e não há religião ou valor religioso que possa enfraquecer na Europa a defesa da igualdade de género.

Pouco antes, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, tinha elogiado o acolhimento que os portugueses e o Governo português reservaram aos refugiados, considerando que constitui um exemplo para outros Estados-Membros da UE.

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