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Inflação em Angola desce em fevereiro mas continua acima dos 21%

A taxa de inflação em Angola voltou às quedas em fevereiro, mas o registo dos últimos 12 meses permanece acima dos 21 por cento, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.

Inflação em Angola desce em fevereiro mas continua acima dos 21%
Notícias ao Minuto

10:59 - 14/03/18 por Lusa

Economia INE

Segundo o relatório mensal do INE sobre o comportamento da inflação, libertado hoje e ao qual a Lusa teve acesso, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) registou uma variação de 1,26% no período de janeiro a fevereiro.

No mês anterior, a inflação em Angola tinha acelerado 1,47%, face a dezembro, o valor mais alto em três meses e influenciada pelo setor da educação, devido ao início do ano escolar.

Este registo contrasta com o pico de 2017, entre setembro e outubro, período em que os preços em Angola aumentaram 2,39%, logo após as eleições gerais de agosto.

O pico da inflação mensal em Angola nos últimos anos registou-se em julho de 2016, quando, no espaço de um mês, os preços registaram um aumento médio de 4%.

A inflação acumulada a 12 meses desceu em fevereiro para 21,47%, um decréscimo de 16,85 pontos percentuais com relação a observada em igual período do ano anterior, refere o mesmo relatório.

Segundo o INE, a subida de preços em janeiro de 2018 foi influenciada sobretudo pelos setores "Bens e Serviços Diversos", com 2,74%, pela "Saúde", com 2,65%, pelos "Transportes", com 2,05%, e pelo "Vestuário e Calçado", com 1,93%.

Os aumentos de preços no segundo mês do ano foram liderados pelas províncias da Cunene (2,95%), Lunda Norte (2,40%), Zaire (1,97%) e Lunda Sul (1,91%), enquanto as com menor variação foram Luanda (1,12%), Huíla (1,17%), Cuando Cubango (1,27%) e Benguela (1,39%).

Desde setembro de 2014 que a inflação em Angola não para de aumentar, acompanhando o agravamento da crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra na cotação internacional do barril de petróleo bruto, o que fez disparar o custo, nomeadamente dos alimentos.

O Governo angolano prevê chegar ao final de 2018 com uma inflação acumulada próxima dos 30%, mas a previsão é abalada depois de nos dois últimos anos ter visto a meta largamente ultrapassada e sempre a dois dígitos, devido à crise.

A previsão para o total acumulado de 2018, de 28,7% entre janeiro e dezembro, está prevista no Orçamento Geral do Estado (OGE) e a concretizar-se será o segundo valor anual mais alto desde 2004.

A previsão para 2018 é desde logo condicionada pelo novo regime flutuante cambial, em que a taxa de câmbio é definida pelo mercado, nos leilões de divisas realizados pelo Banco Nacional de Angola para os bancos comerciais.

No primeiro mês deste regime, o kwanza sofreu uma depreciação de 20% face ao dólar norte-americano e de 28% para o euro, o que deverá agravar os custos de importação do país, com repercussões nos preços ao consumidor.

Entre janeiro e dezembro de 2016 (12 meses) os preços em Angola subiram praticamente 42%, segundo os relatórios anteriores do INE sobre o IPCN.

Em todo o ano de 2017, a subida acumulada nos preços foi 23,67%, registo muito superior à previsão de 15,8% para o período entre janeiro e dezembro que o Governo inscreveu no OGE.

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