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Stephen Hawking: Ministro realça contributo para conhecimento do universo

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, lamentou hoje a morte de Stephen Hawking, considerando que o físico britânico deixa um legado de persistência de vida e sobretudo um maior conhecimento do universo.

Stephen Hawking: Ministro realça contributo para conhecimento do universo
Notícias ao Minuto

10:49 - 14/03/18 por Lusa

País Manuel Heitor

Em declarações à agência Lusa, Manuel Heitor salientou que Stephen Hawking deu ao mundo um maior conhecimento do universo, mas também mostrou a cientistas e não cientistas a sua persistência de viver e de estar sempre a questionar.

"Ele questionou-se inclusive a ele próprio. Por exemplo: quando há uns anos atrás, em 2010, veio repor toda a sua teoria sobre o universo e os buracos negros mostrou que faz parte de fazer ciência estar sempre a questionar e a fazer novas perguntas. Hoje estar no mundo é saber fazer as perguntas mais difíceis mesmo que não tenhamos respostas imediatas para elas e por isso é um exemplo para todos, certamente para os mais jovens e é uma lição de vida que vale a pena viver e vale a pena ter boas ideias", destacou.

Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Hawking deu contribuições relevantes na física com o estudo do universo.

"A continuidade das suas teorias estão hoje bem demonstradas nos mais variados artigos científicos, mas também para a explicação da existência da vida e de tal forma que chegou a receber a medalha da liberdade pelo presidente [norte americano Barack] Obama pelo seu espírito critico, tendo quando foi necessário criticado formas de fazer política no Médio Oriente ou no Ocidente", contou.

Manuel Heitor lembrou que Stephen Hawking era "conhecido por ser engraçado na forma de dialogar com as pessoas".

"A sua conceção científica do mundo levou-o a fazer questões mais profundas sobre a relação entre a ciência e a religião no seu livro de 2010, que é obviamente uma declaração sobre a forma como as sociedades se desenvolvem. O mais interessante é que mais do que dar respostas todo o seu pensamento foi formulado em termos de fazer perguntas e mostrar que a ciência é essencial", disse.

O ministro recordou também que o físico inglês dizia que "não tinha medo da morte, mas que tinha medo de não conseguir fazer tudo o que queria fazer até morrer".

"Isso mostra o que é o espírito de uma pessoa forte que quer viver e quer estar sempre a fazer perguntas", concluiu.

O físico britânico Stephen Hawking, cujo trabalho na área da relatividade e dos buracos negros se destacou, morreu hoje aos 76 anos de idade, na sua casa em Cambridge, anunciou a sua família.

Hawking é um dos cientistas com maior destaque desde o físico alemão Albert Einstein. A sua obra "Uma Breve História do Tempo" é um dos livros mais vendidos no mundo.

Apesar de sofrer de esclerose lateral amiotrófica desde os 21 anos, Hawking surpreendeu os médicos ao viver mais de 50 anos com esta doença fatal, caracterizada pela degeneração dos neurónios motores, as células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos.

Em 1985, uma grave pneumonia deixou-o a respirar por um tubo, forçando-o, desde então, a comunicar através de um sintetizador de voz eletrónico.

Mas Hawking continuou a desenvolver as suas pesquisas na área da ciência, a aparecer na televisão e casou pela segunda vez.

Professor de matemática na universidade de Cambridge, Hawking fez parte de uma das mais importantes pesquisas no ramo da física, sobre a "Teoria de Tudo".

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