Fiscais da 2045 a validar bilhetes da Carris? Sim, para combater fraude
De forma a reforçar a fiscalização nos autocarros, a Carris recorreu aos serviços da 2045. Será assim, pelo menos até setembro. O objetivo passa por evitar o uso abusivo do transporte sem pagar.
© Global Imagens
País Carris
Se é utente da Carris, não estranhe se ao andar de autocarro for abordado por funcionários da empresa 2045 para lhes mostrar o título de transporte. Apesar de estarem identificados com uma fita da Carris, esta pode parecer à primeira vista uma situação anómala, já que o habitual é que a fiscalização na Carris seja feita por funcionários... da Carris.
No entanto, como o Notícias ao Minuto confirmou junto da Carris, a presença da 2045 “tem por base o reforço dos meios de fiscalização internos, sendo apenas complementar aos meios existentes, o que significa que não acaba com a área de fiscalização da Carris”.
O motivo para este reforço, de acordo com a empresa, prende-se com a necessidade de “combater a fraude” nos títulos de transporte.
“A Carris tem nas suas medidas prioritárias o combate à fraude, em resultado da falta de equidade que existe entre os utilizadores que possuem título de transporte válido e aqueles que usam abusivamente o transporte sem pagar”, justifica a empresa.
Este reforço de fiscalização iniciou-se na segunda-feira, precisamente no dia em que se começaram a verificar as fiscalizações efetuadas por elementos da 2045. Como a Carris salienta, a “contratação da empresa 2045 foi feita pelo prazo de seis meses, avaliando-se no final os resultados obtidos”.
A Carris lembra ainda que os “utilizadores do transporte público têm entre os seus deveres viajar com título de transporte válido, o qual deverá ser validado no início de cada viagem, apresentando-o aos agentes ao serviço sempre que for solicitado; caso não valide o título, o cliente incorre numa situação de transgressão”.
Questionada sobre se os utentes não deveriam ter sido avisados acerca deste reforço de fiscalização com funcionários da 2045, a empresa realça que isso não tinha de acontecer, “dado que o trabalho da empresa 2045 é exatamente o mesmo que o executado pelos trabalhadores da fiscalização da Carris. Mais, os fiscais da 2045 estão devidamente credenciados para o efeito pelo Instituto de Mobilidade e Transporte (IMT) e pelo Ministério da Administração Interna (MAI)”.
O Notícias ao Minuto entrou também em contacto com a 2045 para tentar obter um esclarecimento sobre esta situação, mas, até ao momento da publicação desta notícia, sem sucesso.
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