"Era um menino responsável". O lapso de Ana Julia durante uma entrevista
Ana Julia Quezada confessou esta terça-feira a autoria do homicídio do menino espanhol Gabriel Cruz. O corpo criança de oito anos de idade foi encontrado, no domingo, na bagageira da viatura da 'madrasta'.
© Reprodução Twitter
Mundo Casos
Foi um engano que agora se tornou revelador. Ana Julia Quezada deu uma entrevista à Rádio Galega no passado dia 3 – o mesmo dia em que entregou às autoridades uma camisola do menino que supostamente encontrou -, deixando escapar que Gabriel “era um menino responsável”.
Embora tenha corrigido a declaração de imediato, a utilização do tempo verbal no passado em nada se assemelha, agora, a um erro. A mulher de 43 anos de idade deixava escapar uma verdade que só ela sabia.
Sublinhe-se que, embora tenha sido detida no domingo, a suspeita só esta terça-feira confessou a autoria do crime, admitindo às autoridades que deu um golpe em Gabriel que o fez perder os sentidos e que, depois, o asfixiou, no dia 27 de fevereiro. Esta informação foi corroborada pelos médicos legistas, que corrigiram esta manhã as conclusões iniciais da autópsia - que a causa de morte tinha sido estrangulamento.
“Só quero recuperar o Gabriel que é um menino muito bonito, que alguém nos diga alguma coisa. Era como se fosse meu filho. Era um menino muito responsável, é um menino muito responsável, é muito responsável”, afirmou, conforme se pode ouvir na gravação, recuperada aqui pela La Sexta.
Gabriel Cruz foi esta terça-feira a enterrar, depois de uma cerimónia fúnebre presenciada por centenas de pessoas, na Catedral de La Encarnación de Almería, nesta província espanhola. Na cerimónia estiveram presentes a vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, e o ministro do Interior, Juan Ignacio Zoido.
Ana Julia Quezada, recorde-se, é agora suspeita também no caso da morte de uma das suas duas filhas, em 1996, quando viva em Burgos. Ridelca, que na altura tinha quatro anos, atirou-se de uma janela. A menina e a irmã mais nova, Judith, que na altura tinha dois anos, tinham regressado recentemente da República Dominicana para se juntar à mãe.
Conforme relata o El País, a menina já tinha ido parar às urgências antes, por ter desmaiado, e a família tinha dito que era retraída porque “parecia não se estar a adaptar à nova situação familiar”. Na noite de 10 de março de 1996, porém, levantou-se da cama, subiu a uma mesa, abriu uma janela dupla e atirou-se de um sétimo andar.
Agora, 22 anos depois, o caso é reaberto para averiguações. A outra filha, Judith, agora com 24 anos de idade, esteve hospitalizada por causa de ansiedade, após as notícias relacionadas com a mãe.
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