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Acordo gorado em julgamento de autarca de Gaia por alegada difamação

O julgamento do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, por alegada difamação ao seu ex-adjunto Bruno Santos, foi adiado para 11 de abril, após falhar hoje uma tentativa de acordo.

Acordo gorado em julgamento de autarca de Gaia por alegada difamação
Notícias ao Minuto

13:59 - 13/03/18 por Lusa

País processo

O autarca está acusado do crime de difamação e o seu julgamento resulta da decisão do Juízo de Instrução Criminal do Porto, datada de 24 de novembro de 2017, tendo o processo começado numa queixa-crime apresentada por Bruno Santos, ex-adjunto de Eduardo Vítor Rodrigues.

A juíza tentou que houvesse um acordo, evitando assim o julgamento, mas as partes não aceitaram.

Na origem da questão estão textos publicados pelo autarca nas redes sociais que, alegadamente, tinham como alvo o ex-colaborador, demitido um mês antes.

À saída do tribunal, em declarações aos jornalistas, o presidente da câmara disse estar a responder pelo que escreveu de forma "absolutamente tranquila".

"Ficava preocupado se entrasse no tribunal por ter roubado alguma coisa ou cometido algum crime, o que nunca acontecerá. O que fiz foi responder a quem insistentemente nas redes sociais ia atacando a minha pessoa e o município", afirmou.

Reforçando "não ter de chegar a acordo nenhum", Eduardo Vítor Rodrigues frisou que o que está em causa é um "debate político com liberdade de expressão", apesar de hoje em dia haver a "tentação" de judicializar esse debate.

"Não é um problema judicial, mas claramente político e acho que a política não deve estar a tirar tempos a juízes, mesmo que seja para dar palco a quem não o tem de outra maneira", vincou.

O autarca adiantou que "quem cala consente", por isso, não pode consentir ser posto em causa por quem não tem esse "gabarito".

Por seu lado, o seu ex-adjunto revelou que houve uma tentativa por parte da juíza para que as partes chegassem a acordo, mas que não foi alcançado.

"O que manifestei é que sou todo ouvidos na certeza, porém, que nenhum acordo poderia ser alcançado sem que haja uma retratação total do senhor presidente, um pedido de desculpa e um ressarcimento dos prejuízos causados", referiu.

Apesar dos textos do autarca nunca referirem o seu nome, Bruno Santos salientou que "toda a gente" percebeu que era sobre si porque era "por demais evidente".

"É triste porque uma câmara como a de Vila Nova de Gaia, com 300 mil habitantes, merece ter um autarca soberano que saiba estar, ouvir críticas e comportar-se, coisa que não me parece que este saiba", frisou.

Bruno Santos, que exerceu funções como adjunto entre dezembro de 2013 e julho de 2016, considerou esta situação triste, mas "necessária", estando a pedir uma indemnização de 50 mil euros.

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