Exército da Turquia prossegue ofensiva contra curdos e cerca Afrine
Operação Ramo de Oliveira começou no dia 20 de janeiro e já mais de 200 civis morreram. Ancara quer neutralizar os curdos das YPG, principais aliadas do Ocidente durante o combate ao autodesignado Estado Islâmico, mas consideradas como um grupo terrorista pela Turquia.
© Reuters
Mundo Síria
As forças militares turcas cercaram o enclave curdo de Afrine, no Norte da Síria, numa ofensiva que pretende derrubar os combatentes curdos da região que faz fronteira com a Turquia. Em comunicado, as tropas turcas referem que capturaram esta terça-feira “áreas críticas importantes” na região de Afrine e que contaram com o apoio de grupos rebeldes sírios, nomeadamente do Exército Livre da Síria.
O principal alvo turco são as Unidades de Proteção do Povo (YPG), consideradas por Ancara como o braço sírio do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), um grupo apelidado de terrorista pela Turquia mas também pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
As YPG, no entanto, negam esta ligação ao PKK e têm sido, aliás, uma das principais aliadas do Ocidente no combate ao autodesignado Estado Islâmico, praticamente derrotado na Síria.
Contudo, a Turquia considera que as YPG pretendem a independência curda na região e teme que esse efeito se espalhe para o território turco. Por esse motivo, desde 20 de janeiro, as forças militares turcas têm bombardeado sistematicamente o enclave de Afrine, causando, até ao momento.
Este cerco turco a Afrine já era expectável, sendo que na passada segunda-feira centenas de civis começaram a abandonar o enclave curdo, temendo o avanço turco.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, desde que a operação Ramo de Oliveira, iniciada a 20 de janeiro, teve início, morreram 205 civis e perto de 400 combatantes das YPG.
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