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A cultura pop está a incentivar a obsessão, não o amor

Psicólogos associam músicas e comédias românticas a casos reais em que um dos membros fica obcecado com a relação.

A cultura pop está a incentivar a obsessão, não o amor
Notícias ao Minuto

18:04 - 12/03/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Obsessão

Não é só o enredo de ‘50 sombras de Grey’ que conta a história de uma relação que se baseia na obsessão, uma crítica apontada por muitos mal foi lançado o primeiro filmes da trilogia. Muitos outros casos romantizam a ideia de que ‘uma relação só é satisfatória quando os parceiros vivem unicamente um para o outro”, aponta o site Tonic, que exemplifica com outros filmes como The Notebook, em que Noah escreve, durante um ano, uma carta por dia, ou em Atração Fatal, onde Alex ameaça suicidar-se como forma de manter Dan na sua vida.

No campo da música, esta ideia está por vezes mais mascarada, já que não conta necessariamente uma história, com um enredo completo, personagens e casos específicos. Ainda assim, aponta o site estrangeiro que não são poucos os casos em que a música romantiza a obsessão de que se fala. Recorde-se os casos de Mariah Carey que canta “não posso viver sem ti” (“I can’t live if living is without you” ou The Police que em ‘Every Breath You Take” dizem que “A cada movimento que faças, a cada passo que dês, eu vou estar a ver-te”.

Partindo da ideia de que é grande o leque de exemplos em que a cultura pop incentiva, ou pelo menos sugere a obsessão dentro de uma relação, James Pawelski, professor universitário sobre psicologia positiva, e Suzann Pileggi, consultora de bem-estar, abordam a questão de uma forma mais séria já que, na vida real, os sinais de obsessão podem estar camuflados.

Durante a primeira fase da relação, é normal que o casal se foque mais um no outro, se pense mais no parceiro e queira passar mais tempo juntos do que com outras pessoas. O problema está, refere Pileggi, quando o casal não ultrapassa esta fase e perde interesse noutras coisas como passar tempo com os amigos ou dedicar tempo a si próprio.

Um dos problemas que daí advém, referem os especialistas, prende-se com o facto de a atração se basear numa fantasia de que viverão juntos ‘felizes para sempre’, uma caraterística da obsessão que leva a que não se conheça a fundo o parceiro com quem se relaciona.

Quando chega a este ponto, o indivíduo obsessivo deixa de dar a devida atenção à sua própria vida, já que se centralizam toda a sua vida na relação. O resultado deste caso nunca será uma relação feliz.

Pelo contrário, uma relação plenamente feliz carece que cada um dos parceiros se sinta bem a nível do trabalho, amizades e hobbies. Se não está seguro sobre estes pontos, Pawelski e Pileggi aconselham que pergunte a opinião aos seus amigos mais honestos, já que é mais fácil ver o problema de fora.

Por outro lado, se acha que o seu parceiro pode estar a entrar num estado de obsessão por si, aconselhe-o a passar mais tempo com os seus amigos ou a voltar aos seus hobbies. Lembre-o que foi pela sua independência ou criatividade que se apaixonou, por exemplo.

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