É "muito provável" que Moscovo tenha envenenado ex-espião, diz May
A primeira-ministra acusou a Rússia do ataque a Sergei Skripal. Afirma que o Reino Unido tem de estar "preparado para tomar medidas muito mais extensas".
© Reuters
Mundo Reino Unido
Theresa May afirmou esta segunda-feira que é "muito provável" que a Rússia tenha sido responsável pelo envenamento do ex-espião russo, Sergei Skripal. A líder britânica esteve reunida com o Conselho de Segurança Nacional de manhã e, segundo a BBC, terá depois feito esta afirmação a deputados.
A primeira-ministra disse ainda que o Reino Unido tem de estar "preparado para tomar medidas muito mais extensas". May explicou que o químico usado no ataque de Salisbury faz parte de um grupo de agentes nervosos denominado de 'Novichok', um tipo de agente desenvolvido pela Rússia.
A Chefe de Estado disse que Boris Johnson, o ministro dos Negócios Estrangeiros, pediu ao embaixador russo no Reino Unido para revelar detalhes "totais e completos" do programa Novichok à Organização para a Proibição das Armas Químicas até ao final desta terça-feira.
Só depois o Reino Unido vai decidir que ação tomar relativamente a este caso. No caso da Rússia não responder a este pedido britânico, o Reino Unido vai considerar esse silêncio como um consentimento do que fez. "Caso não haja uma resposta credível, vamos concluir que esta ação equivale a um uso ilegal da força por parte do estado russo contra o Reino Unido", realçou May.
Segundo a primeira-ministra, a decisão de apontar o dedo a Moscovo tem por base o seu "registo de levar a cabo assassinatos ordenados pelo estado e pela nossa análise de que a Rússia vê alguns desertores como alvos legítimos para assassinatos".
Sergei Skripal, de 66 anos, e a sua filha, Yulia, de 33, permanecem em estado crítico mas numa condição estável. O sargento Nick Bailey, que chegou primeiro ao local onde Sergei e a filha estavam inconscientes, também está internado em estado grave.
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