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Caos na ligação Montijo-Lisboa. Sem barcos, Transtejo 'dá' autocarros

A falta de navios para fazer a ligação fluvial entre o Montijo e Lisboa levou uma delegação de utentes a exigir uma reunião com a administração da Transtejo que reconheceu o problema, lamentando a falta de investimento dos últimos anos. Para fazer face ao caos das horas de ponta, hoje o reforço da ligação será feito com autocarros.

Caos na ligação Montijo-Lisboa. Sem barcos, Transtejo 'dá' autocarros
Notícias ao Minuto

08:48 - 08/03/18 por Patrícia Martins Carvalho

País Polémica

Quem precisa de fazer a travessia fluvial entre o Cais do Seixalinho, no Montijo, e o Cais-do-Sodré, em Lisboa, tem vivido momentos difíceis, em especial nas horas de ponta.

Miguel Dias, da Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho, denunciou a situação ao Notícias ao Minuto, garantindo que têm havido supressões na ligação fluvial.

“Neste momento só há um barco a operar e só de hora a hora. Isto na hora de ponta é insustentável, obrigando muitas pessoas a fazerem a travessia por outros meios de transporte, uma despesa que a Transtejo não assegura”, referiu.

Questionada pelo Notícias ao Minuto, a empresa responsável pelas embarcações confirmou a situação, justificando a mesma com as “limitações da frota, avarias inesperadas e condições meteorológicas adversas que condicionam, são só a operação, mas também a reparação dos navios”.

As perturbações no transporte não se resumem apenas à ligação entre o Cais do Seixalinho e o Cais-do-Sodré, atingem também as ligações fluviais entre Lisboa e o Seixal e Cacilhas.

Face a esta situação, um grupo de utentes uniu-se e, na quarta-feira, solicitou uma reunião com o Conselho de Administração da Empresa.

“O que disseram [aos utentes] é que já não têm respostas para as reclamações. Disseram que há anos que existe um desinvestimento na empresa e que não há navios operacionais, existindo apenas um disponível para fazer a ligação entre o Montijo e Lisboa”, revelou Miguel Dias.

Esta situação, referiu ainda, dá origem a situações, “em especial nas horas de ponta de manhã”, em que o “barco vai sobrelotado, com pessoas em pé, o que é uma quebra total do protocolo de segurança”.

Confrontada com esta questão, a porta-voz da Transtejo, Margarida Perdigão assegurou que “todos os navios cumprem com os requisitos de segurança exigidos por lei, quer a nível de estrutura dos navios (e pontões), quer a nível de equipamentos de navegação e de salvação”.

Ainda sobre a segurança, a responsável negou que haja situações de sobrelotação, uma vez que o “sistema de embarque bloqueia o processo de validação dos títulos de transportes (entrada na sala de embarque) logo que é atingida a lotação do navio em operação”.

Para fazer face à falta de navios, a Transtejo vai disponibilizar, esta quinta-feira, 15 autocarros que complementarão a travessia até à margem norte do Tejo a partir do Montijo.

Por seu lado, a Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho vai ser recebida, hoje, no Parlamento para expor a situação e exigir medidas urgentes para terminar com a falta de navios que todos os dias dificulta a vida a quem precisa de fazer a travessia fluvial.

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