Sem tratamento psicológico, não se pode combater a obesidade
A obesidade é um distúrbio alimentar que merece a mesma atenção clínica que outras doenças associadas à alimentação.
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Lifestyle Obesidade
Comemos para celebrar, porque estamos tristes, porque é sexta-feira ou porque amanhã vamos começar a fazer dieta. Atualmente, comer é uma ação social que vai muito além das necessidades básicas do ser humano e se para uns é desculpa para jantar fora e juntar os amigos, para muitos outros é um apoio ou forma de preencher um vazio.
Em Portugal, o número de obesos está a aumentar. No final do ano passado um estudo revelou que é de quase 60% a população que vive com este problema ou com risco de a desenvolver. Um problema que se faz por diminuir com uma alimentação saudável ou mesmo cirurgias, com vista a evitar problemas fatais como ataques cardíacos, diabetes de tipo 2, hipertensão ou cancro. Apesar disso, conta o Metro norte americano, “enquanto não se tratar o lado emocional associado à comida, nunca vamos combater a obesidade”.
Comer é um meio para camuflar problemas e inseguranças que indivíduos tenham a nível social. O lado psicológico é de facto o que mais afeta este distúrbio alimentar e que, embora em casos menos severos, é comum à população em geral, como nos casos em que os pais oferecem um chocolate ao filho por se ter magoado ou ter ido levar uma vacina, por exemplo.
Tais pequenas ações levam a que se associe a comida a conforto, mas é ao chegar ao ponto de obesidade que o indivíduo atinge o ciclo vicioso de não parar de comer: come porque se sente mal, sente-se mal porque come e quando chega ao fundo, o maior problema será levar tal pessoa à lógica, fazendo-a ver o lado racional do problema - uma dificuldade que se prende principalmente com o sentimento de segurança que aquele corpo lhes dá, como se o esconde-se de outros problemas a que, sem o fator ‘obesidade’ teria de enfrentar.
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