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"Decisões sobre investimento têm sido monopólio do bloco central"

O endividamento externo, o desenvolvimento da linha ferroviária e o combate às alterações climáticas foram alguns dos temas abordados pela coordenadora do Bloco de Esquerda no primeiro dia das jornadas parlamentares bloquistas.

"Decisões sobre investimento têm sido monopólio do bloco central"
Notícias ao Minuto

12:50 - 26/02/18 por Patrícia Martins Carvalho

Política Catarina Martins

No dia em que arrancam as jornadas parlamentares do Bloco de Esquerda, nas Caldas da Rainha, Catarina Martins centrou o seu discurso de abertura no investimento público e, mais propriamente, no desenvolvimento da ferrovia.

Embora admita que as opções de investimento que foram feitas nos “sucessivos quadros comunitários durante décadas” tenham melhorado o país, a líder do Bloco de Esquerda lamenta que essas decisões tenham sido, até agora, um “monopólio do bloco central”, isto é, do PS e do PSD.

Nesta senda, Catarina Martins critica o facto de esse investimento ter sido feito, “muitas vezes, tendo em conta interesses particulares e setores privilegiados da economia portuguesa e, portanto, nunca ter sido capaz de corrigir os problemas estruturais da economia portuguesa”.

A este propósito, a dirigente bloquista dá como exemplo os “investimentos feitos na rodovia que só serviram para aumentar o endividamento externo ao termos uma economia mais dependente do petróleo”.

Tendo em consideração esta situação e o facto de Portugal ser um “país muito assimétrico”, Catarina Martins entende que o “abandono” e “destruição” de cerca de mil quilómetros de ferrovia contribuíram ainda mais para essa assimetria e para um “interior mais abandonado”.

Lembrando que “só um acordo à Esquerda permitiu a recuperação de salários e pensões, algum crescimento económico e criação de emprego, também só um acordo que seja feito à Esquerda pode permitir opções de investimento público que combatam os problemas estruturais da economia, nomeadamente os setores rendistas, o endividamento externo, a assimetria do território e o défice social”.

Face ao exposto, a coordenadora do Bloco de Esquerda afirma que o partido tem como “proposta concreta a ferrovia”.

Por outras palavras, Catarina Martins quer apostar no desenvolvimento das linhas ferroviárias para que seja possível desenvolver todo o território e porque, considera, a “ferrovia pode ser o grande motor da reconversão energética do país”.

“Precisamos de outros modos de energia para combater o endividamento externo do país. [Precisamos] de aproveitar a energia produzida com fontes renováveis e, para isso, é preciso ferrovia. Precisamos de dar o nosso contributo para combater as alterações climáticas e preparar o país para o aquecimento global”, remata.

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