Tendência do CDS volta a entregar assinaturas no arranque para reunião
Os promotores da tendência do CDS-PP "Esperança em Movimento" (TEM) voltam hoje a entregar as assinaturas necessárias para a sua formalização enquanto tendência interna no partido, no que constitui "um pontapé de saída para o Congresso" centrista.
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Política Congresso
"É o pontapé de saída para o Congresso, que achamos que é fundamental para a afirmação dos valores do partido que queremos defender, que são centrais para o partido crescer", disse à agência Lusa o porta-voz da tendência que se afirma democrata-cristã, Abel Matos Santos.
O porta-voz da primeira tendência que visa a formalização dentro do CDS-PP sublinhou que, num mês, recolheram mais do que as assinaturas necessárias, que são 300, considerando tratar-se "de um sinal claro de que as pessoas no CDS se identificam com o projeto de país e modelo de sociedade" que defendem.
Simultaneamente com a recolha das assinaturas necessárias à formalização - pela segunda vez, depois de um parecer do Conselho de Jurisdição negativo -, a TEM recolheu assinaturas para a moção que vai apresentar ao 27.º Congresso do CDS-PP, que se realiza nos dias 10 e 11 de março, em Lamego.
"É a segunda vez que entregamos as assinaturas. Temos a palavra por escrito da secretaria geral e de viva voz da presidente do partido de que serão levadas a Comissão Política para a tendência ser formalizada", declarou Abel Matos Santos, apontando "as dificuldades" que tiveram de ultrapassar.
Em novembro, Abel Matos Santos defendeu que estavam a ser colocadas "dúvidas burocráticas" à formalização da tendência, que entregou em junho mais do que as 300 assinaturas necessárias, aguardando desde então que o processo fosse levado à Comissão Política, como preveem os estatutos do partido.
Os estatutos do CDS-PP preveem, no capítulo V, a existência de "correntes de opinião", que, de acordo com o artigo 43.º, "têm direito a indicar um representante para a Comissão Política Nacional, a serem ouvidos pelos órgãos deliberativos nacionais do partido, neles se fazerem representar e a apresentar documentos".
"A constituição de uma corrente de opinião implica a apresentação à Comissão Política Nacional do CDS - Partido Popular de uma declaração de princípios políticos, subscrita por, pelo menos, trezentos militantes que declaram aceitar ser seus membros, e as regras de eleição dos seus representantes", estabelecem os estatutos.
Compete à Comissão Política "a verificação da conformidade das correntes de opinião com o programa do partido, os estatutos e o regulamento e a aprovação da sua constituição", que é "objeto de regulamento específico a ser aprovado pelo Conselho Nacional", é ainda especificado nos estatutos.
Até agora, as correntes de opinião têm funcionado informalmente, como tem sido o caso do movimento Alternativa e Responsabilidade (AR), de Filipe Anacoreta, em que participou Abel Matos Santos e outros signatários da TEM.
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