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CIM e Finistère pedem a Bruxelas para manter verbas para cooperação

O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho e a congénere da região francesa de Finistère reclamaram hoje a Bruxelas que "pelo menos" mantenha as verbas que destinou à coesão e cooperação territorial no último quadro comunitário.

CIM e Finistère pedem a Bruxelas para manter verbas para cooperação
Notícias ao Minuto

15:10 - 15/02/18 por Lusa

Economia União Europeia

Numa declaração conjunta sobre política de coesão pós-2020, hoje assinada em Viana do Castelo e que vai ser apresentada, publicamente, em abril, naquela região francesa, José Maria Costa e Nathalie Sarrabezolles defendem que, "se de alguma forma se reduzir a dimensão das políticas de coesão, ou se houver subversão da sua lógica de atuação, perder-se-á, a solidariedade de proximidade entre os territórios da União Europeia".

"Nestes tempos conturbados que vivemos, atualmente em termos mundiais, o projeto europeu sustentado nessa solidariedade de proximidade entre os territórios constitui, pois, uma prioridade decisiva para se evitarem os riscos do cenário de um Europa fragmentada", lê-se na declaração hoje assinada no final de um encontro entre uma delegação de Finistère, de visita ao Alto Minho, e autarcas e entidades socioeconómicas do território da região.

No documento, os responsáveis políticos do Alto Minho e de Finistère, regiões ligadas por um protocolo de cooperação celebrado em 2016, adiantam que "num contexto de Brexit, a solidariedade de proximidade entre os povos e os territórios da União Europeia torna-se ainda mais essencial para garantir a perenidade e a estabilidade do projeto europeu".

"Reforçar os instrumentos de apoio das Políticas de Coesão pós-2020 às regiões europeias, considerando os seus distintos níveis de desenvolvimento, é essencial para promover a coesão económica, social e territorial à escala europeia. Mas reforçar igualmente os instrumentos de financiamento das Políticas de Cooperação Territorial pós-2020, enquanto elemento decisivo para se promover o desenvolvimento do projeto europeu, é também fundamental perante a ameaça do Brexit e de modo a dissipar as radicalizações nacionalista", defendem.

Em declarações aos jornalistas à margem do encontro hoje realizado em Viana do Castelo, José Maria Costa destacou a "importância que ambas as regiões dão à política de coesão e à necessidade de, no próximo quadro comunitário, a coesão territorial ter um orçamento que não seja reduzido mas antes aumentado".

"O importante é que, como estamos numa fase de discussão do próximo orçamento comunitário, as verbas destinadas de coesão territorial não sejam mexidas porque são essenciais para a cooperação e para o desenvolvimento dos territórios mais afastados dos grandes centros, como são exemplo estas duas regiões", frisou.

José Maria Costa, que é também presidente da Câmara de Viana do Castelo, disse que desde 2016 as duas regiões "têm vindo a desenvolver projetos de cooperação na área da náutica, agroalimentar e turismo e que pretendem lançar novas ações conjuntas nas áreas da atratividade de talentos e jovens, ambiente e biodiversidade, cultura e conhecimento".

A presidente de Finistère, região francesa localizada na região da Bretanha, Nathalie Sarrabezolles que apontou os dois territórios como "exemplo de riqueza da cooperação que pode existir entre regiões europeias".

"Começamos a cooperar na área da náutica, mas vemos hoje muitas temáticas que podem ser exploradas. A cooperação até agora desenvolvida mostra-nos que os nossos territórios não são concorrentes, mas antes que juntos podem ir mais além", sustentou a responsável francesa.

Nathalie Sarrabezolles adiantou que um dos desafios que se colocam à União Europeia e a proximidade entre os cidadãos".

"A Europa dos territórios, tal como a estamos a construir, é uma Europa dos cidadãos", defendeu.

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