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Ministro da Defesa "muito satisfeito" com reconhecimento de Stoltenberg

O ministro português da Defesa mostrou-se hoje "muito satisfeito" pelo reconhecimento do crescimento económico de Portugal por parte do secretário-geral da NATO e recordou que a meta dos 2% de investimento é para ser cumprida até 2024.

Ministro da Defesa "muito satisfeito" com reconhecimento de Stoltenberg
Notícias ao Minuto

11:13 - 15/02/18 por Lusa

País NATO

"As declarações do secretário-geral da NATO, que eu não tinha ouvido, primeiro correspondem a uma pergunta muito concreta sobre o tópico do crescimento económico. Segundo, é uma resposta que me deixa muito satisfeito, porque o secretário-geral reconheceu aquele que tem sido um crescimento económico muito superior ao expectável por parte do estado português", disse Azeredo Lopes aos jornalistas, à margem da reunião de ministros da Defesa da Aliança Atlântica, que decorre até hoje, em Bruxelas.

O ministro da Defesa reagia às declarações de Jens Stoltenberg, que defendeu, na terça-feira, que Portugal deve aproveitar o crescimento económico para gastar mais em Defesa, de modo a cumprir o compromisso estabelecido em 2014, quando, na cimeira da Aliança Atlântica, realizada no País de Gales, os aliados se comprometeram a, no espaço de 10 anos, destinar 2% do Produto Interno Bruto a despesas militares. Atualmente, Portugal canaliza 1,32% do PIB para este setor.

"Destacaria, nem de propósito, a coincidência do secretário-geral ter falado no crescimento económico de Portugal e ter sido divulgado, quase a seguir, o conjunto de números do Instituto Nacional de Estatística e de podermos, hoje, estar muitos contentes de conseguirmos um crescimento que não conseguíamos há 17 anos", frisou.

José Azeredo Lopes lembrou que é errado encarar a meta de 2% do PIB como sendo para "amanhã ou depois de amanhã" e destacou que, embora com "aumentos ligeiros", o país espera, pelo terceiro ano consecutivo, incrementar o investimento no setor.

"As projeções da NATO apontam, em 2018, para 1,42% do PIB, o que significa que comparamos perfeitamente bem com os Estados-Membros da organização. Desse ponto de vista, não sentimos qualquer pressão. Sentimos, isso sim, é uma vontade clara de reforçar as capacidades", acrescentou, indicando que o Governo aprovou "há uns meses" a constituição de um grupo de trabalho para estudar "a possível aquisição de cinco ou seis aviões de transporte médio", e que vai ponderar "a possibilidade de reforçar a capacidade de construção naval, voltada para a dimensão da segurança marítima".

O ministro da Defesa recordou que Portugal declarou que, no decurso de 2018, terá inicio a revisão da lei de programação militar, sendo o reforço das capacidades a aposta principal do Governo. "Até porque o reforço de capacidades que venha a decorrer vai refletir-se naturalmente no aumento da despesa e, portanto, no reforço da percentagem do PIB que alocamos à defesa nacional", esclareceu.

Azeredo Lopes revelou ainda que, na reunião de ministros da Defesa da Aliança Atlântica, Portugal voltou a insistir, "desta vez com resultados muito satisfatórios", na importância de serem estabelecidos critérios específicos para contabilizar as contribuições do país para a NATO, tal como os há para o investimento e as capacidades.

"Portugal considera que não está nada mal e está de cabeça erguida naquilo que diz respeito ao investimento, mas entende que é absolutamente indispensável reconhecer que nem todos contribuem da mesma maneira para a paz e segurança internacional. E isso, finalmente, foi alcançado, uma vez que a organização se prepara para propor métricas, tendo Portugal manifestado total disponibilidade para poder contribuir para a construção desses indicadores", disse

Para o ministro da Defesa, Portugal tem "um papel despropositadamente favorável" ao nível das contribuições, uma vez que, só ano passado estiveram envolvidos em missões no exterior mais de 500 militares, por dia. "A meu ver, esta é uma média muito forte para Portugal", concluiu.

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