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Células estaminais e tratamento de leucemias e linfomas

A 15 de Fevereiro assinala-se o Dia Internacional da Criança com Cancro e as Leucemias e Linfomas são dos tipos de cancro que mais afetam as crianças, mas há tratamentos possíveis.

Células estaminais e tratamento de leucemias e linfomas
Notícias ao Minuto

12:00 - 15/02/18 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Dia Internacional

As leucemias e linfomas são um problema comum, também entre os mais novos, que afeta o sangue mas é pouco falado, sendo desconhecida a noção de que podemos ajudar dos doentes que delas padecem, sem qualquer custo.

É na medula óssea e nos gânglios linfáticos que leucemias e linfomas têm origem, respetivamente. Apesar da complexidade deste problema, "é possível definir estratégias terapêuticas e tratamentos adequados para cada problema", que dependem da idade do doente e fase em que a doença se encontra, como refere Marika Bini Antunes, médica especialista em Imuno-hemoterapia e diretora clínica do laboratório Bebé Vida.

Como explica ao Notícias ao Minuto, “a grande maioria das leucemias e linfomas é inicialmente tratada com quimioterapia ou radioterapia”, mas nas últimas duas décadas tem havido progressos na imunoterapia, com recurso a anticorpos que vêm permitir que se alcance um maior número de respostas.

O transplante de medula óssea é talvez a opção mais conhecida como tratamento de algumas destas patologias, e aqui faz-se a separação entre transplante autólogo, realizado a partir do próprio doente, ou alogénico, quando exige o recurso a um dador que pode ser familiar (irmão) ou não relacionado.

Num transplante autólogo, os doentes são inicialmente tratados com quimioterapia, a que são novamente submetidos após o transplante, a que se junta a infusão das próprias células estaminais hematopoiéticas que irão constituir as três linhagens sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas).

No caso de um transplante alogénico, há riscos de complicações, por vezes fataisJá no caso de um transplante alogénico, há riscos de complicações, por vezes fatais, sendo apenas utilizado em pacientes que não possuem outras doenças ou complicações além do linfoma ou leucemia.

Outro problema prende-se com a compatibilidade entre o dador de medula e o recetor. Como refere Marika Bini Antunes, “a probabilidade de dois irmãos serem compatíveis é de 25%” e apenas quando não há compatibilidade familiar é que se recorre “aos registos internacionais de dadores de medula óssea ou a um banco público de sangue do cordão”.

Estes bancos públicos contam com doações de sangue do cordão umbilical doado por mães aquando do nascimento de um filho. No caso de bancos privados, ou familiares, “são os pais que criopreservam o sangue do cordão do próprio filho, que pode servir para uso autólogo ou mesmo núcleo familiar restrito, no caso de desenvolvimento de doença por parte de um familiar. Esta preservação do sangue do cordão umbilical é bastante relevante, já que “quanto maior for a compatibilidade entre dador e recetor, menor é o risco de desenvolver uma grave complicação após o transplante”, explica a médica.

Apesar disso, a especialista esclarece que “uma unidade de sangue do cordão umbilical contém um número inferior de células estaminais hematopoiéticas, quando comparado com a medula óssea”, uma opção que nem sempre pode ser a preferida pela falta de um dador compatível imediatamente disponível.

Em suma, e como resume Marika Bini Antunes, embora “os transplantadores se orientem por protocolos e algoritmos terapêuticos bem validados, nem sempre é fácil escolher a melhor opção terapêutica, a melhor fonte de progenitores ou decidir se um doente reúne as condições clínicas necessárias para realizar um transplante” sendo de grande importância esclarecer-se cada caso junto de especialistas.

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