Apaga grafittis e é condenado a pagar mais de cinco milhões
O dono de vários armazéns nova iorquinos que se transformaram num dos murais mais famosos dos EUA no que a arte visual diz respeito, apagou todos os grafittis das 'suas' paredes. O tribunal condenou-o a indemnizar os artistas.
© IStock
Mundo Arte urbana
Tenha cuidado com os grafittis que apaga, este era o conselho que este senhorio nova iorquino precisava e que ninguém lhe deu. Conhecido como 5Pointz, estes antigos armazéns eram a 'meca' do grafitti. Desenhos coloridos, criaturas fantásticas, retratos espetaculares e tributos a músicos lendários, tudo isto podia ser encontrado naquelas paredes, tal como atesta o Washington Post.
Os murais serviram inclusivamente como cenário de vários videoclipes, filmes, concertos e até casamentos. Todos os dias centenas de pessoas que passavam em Long Island City, em Queens, se deslumbravam com aquela paisagem urbana.
Até que o dono dos armazéns decidiu, em 2013, pagar a uma equipa para, durante a noite, pintar as paredes todas de branco. O que ele não previu foi o que viria a acontecer.
O senhorio foi processado e o tribunal obrigou-o a indemnizar os artistas, sob a alegação de ter arruinado “a maior coleção de arte aerosol exterior do país”, escreveu o Post, citando o documento do tribunal.
O juiz defendeu ainda que aquele local, outrora infestado pelo crime, se havia transformado num ponto turístico e cultural graças à arte urbana, sustentando que por isso deviam estar protegidos pelos direitos dos artistas visuais.
Os armazéns acabariam por ser destruídos para dar lugar a residências de luxo. No entanto, o senhorio não se livrou de pagar pelo seu crime, tendo sido condenado a pagar 5,5 milhões de euros a vários artistas que viram o seu trabalho destruído.
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