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"Se não aproveitamos este tempo de vacas gordas quando vamos aproveitar?"

A questão é colocada por Luís Marques Mendes que, no seu comentário de domingo na antena da SIC, analisou o “trambolhão” sentido na bolsa norte-americana e a discussão em torno da alteração às leis laborais vigentes.

"Se não aproveitamos este tempo de vacas gordas quando vamos aproveitar?"
Notícias ao Minuto

21:52 - 11/02/18 por Patrícia Martins Carvalho

Economia Comentadores

Luís Marques Mendes admite que em Portugal não se deu muita atenção à queda em bolsa dos principais índices norte-americanos porque “andamos um pouco anestesiados” com a euforia em torno dos resultados económicos nacionais. No entanto, e apesar de considerar que não viveremos uma nova crise económica em breve, alerta para o facto de as “crises na economia serem cíclicas”.

“Estaremos preparados?”, questiona o comentador no ‘Jornal da Noite’ da SIC, ao mesmo tempo que responde: “Estamos mais bem preparados do que estávamos há quatro ou cinco anos, mas não estamos tão bem preparados como deveríamos”.

Nesta senda, o antigo líder do PSD aponta os setores em que Portugal deveria estar melhor e não está: “Devíamos ter um crescimento da economia acima de 3% e está abaixo; devíamos estar a convergir com a zona euro e vamos divergir porque vamos crescer menos; devíamos estar a reduzir muito mais a dívida pública – o nosso calcanhar de Aquiles – e não estamos. Se não aproveitarmos o período de ‘vacas gordas’ como este em que a Europa e o mundo estão a crescer para resolvermos alguns destes problemas, quando é que vamos aproveitar?”, questiona. 

Mudança nas leis laborais? “Neste momento há outras prioridades”

Luís Marques Mendes considera que este não é o momento para grandes mudanças nas leis laborais, considerando que este é um tema que reúne três posições bem distintas.

A primeira, explica, prende-se com o PCP e o Bloco de Esquerda que têm uma posição mais “radical” ao quererem “mudar profundamente” estas leis. Depois há a posição dos “setores mais radicais à direita que, acompanhados por Bruxelas, dizem que é preciso mudar mas no sentido de liberalizar ainda mais o setor”. Por fim, elogia, há a posição do PS que é, na sua opinião, a “mais equilibrada e sensata” por querer fazer pequenas alterações, sobretudo ao nível do favorecimento dos contratos permanentes e do banco de horas individual.

Mas por que defende Luís Marques Mendes que existem outras “prioridades” face às alterações nas leis laborais? O comentador explica enumerando três questões para as quais apresenta as respostas: “As leis que temos estão a impedir a diminuição do emprego? Não. As leis que temos têm provocado a precariedade no emprego com mais contratos a prazo? Não. As leis que temos estão a criar emprego mal-remunerado? Não”, explica apoiando-se em dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística.

Face ao exposto, o comentador da SIC é perentório ao afirmar que as “mudanças nas leis laborais não deviam ser uma prioridade” pois “neste momento há outras prioridades”.

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