Wall Street acentua queda com a chegada do fim da sessão
A bolsa nova-iorquina esteve hoje a acentuar as suas perdas à medida que se aproxima o fim da sessão, com o violento regresso da volatilidade sobre os mercados desde o início da semana a provocar nervosismo entre os investidores.
© Reuters
Economia Bolsas
Depois de ter começado nitidamente em terreno positivo, o índice mais emblemático de Wall Street, o Dow Jones Industrial Average, estava a perder 2,1% às 18:40 de Lisboa, antes de recuperar um pouco.
Dez minutos depois ainda perdia 1,40%, enquanto o Nasdaq cedia 1,42% e o S&P500 recuava 1,13%.
Tanto o Dow Jones como o S&P500 já perderam mais de 10% desde os recordes que fixaram nos finais de janeiro, um barra psicológica importante que marca a entrada do mercado em fase dita de correção.
"Como desde o início desta debandada, não há qualquer informação específica a explicar este novo recuo", salientou Karl Haeling, do banco LBBW.
"Bem entendido que existem as preocupações com a aceleração da inflação, a subida das taxas de juro, o aperto das políticas monetárias, a chegada da reforma fiscal no pior momento do ciclo económico, etc, etc,(...)", adiantou, explicando: "mas agora que se passou a uma outra fase, a descida é sobretudo alimentada pelo regresso da volatilidade, com os investidores a cederem ao seu próprio sentimento".
O VIX, um instrumento que mede a volatilidade, também designado como "o índice do medo", tinha permanecido inerte durante meses, raramente subindo acima de 15. Na terça-feira superou os 50.
Neste contexto, numerosos fundos e gestores de investimentos devem reajustar a sua exposição no mercado bolsista.
"A queda da bolsa era esperada há muito tempo, uma vez que o mercado subiu muito alto, demasiado depressa", afirmou Phil Davis, do PSW Investments.
No imediato, não é de esperar uma enorme subida, porque os índices desceram para níveis mais razoáveis", acrescentou.
Se o Dow Jones terminar a semana ao mesmo nível que na quinta-feira, registaria a pior queda semanal desde 2008, quando a bolsa nova-iorquina estava a viver em pleno a crise financeira.
Para o S&P500 seria a sua pior semana desde 2011.
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