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Brasil quer estreitar relações com Angola no âmbito do setor empresarial

O ministro das Relações Exteriores do Brasil defendeu hoje o estreitamento das relações com Angola no âmbito do setor empresarial e a intensificação da cooperação entre os dois países em setores como a energia, agricultura, saúde, educação e económico-financeiro.

Brasil quer estreitar relações com Angola no âmbito do setor empresarial
Notícias ao Minuto

14:48 - 09/02/18 por Lusa

Economia Governo

Aloysio Nunes, que chegou hoje a Luanda para uma visita de 24 horas, intervinha na abertura das conversações com o seu homólogo angolano, Manuel Augusto.

O chefe da diplomacia brasileira começou por traçar o percurso histórico e de amizade que une os dois países, reafirmando a parceria estratégica entre os dois países, existente desde junho de 2010, com vista a "colocá-la num novo patamar, tratando dos problemas pendentes com objetividade, pragmatismo".

O governante brasileiro considerou que a visita do Presidente de Angola, João Lourenço, ao Brasil, prevista para maio deste ano, além do seu enorme significado político, quer para brasileiros quer para angolanos, pode ser um momento catalisador de ações dos dois Governos para o incremento da cooperação entre os dois Estados.

"Li o discurso de posse do Presidente da República angolano, a entrevista coletiva à imprensa, as notas da conversa entre os Presidentes João Lourenço e Michel Temer, e eu penso que neste documento, nestas manifestações, nós temos já um roteiro traçado", frisou.

Aloysio Nunes realçou a necessidade de intensificação da cooperação nos campos da energia, agricultura, agroindústria, indústria transformadora, saúde, educação, ensino superior, económico-financeira, com vista a se encontrar o estreitamento das relações no âmbito empresarial.

"Penso que nesta visita, os nossos dois lados, deveríamos prepará-la meticulosamente para exatamente, que ela cumpra este objetivo de destravar coisas que possam estar travadas, tanto do seu lado como do meu", salientou.

Para o ministro brasileiro, uma boa preparação garantirá "sem dúvida nenhuma" o êxito da visita do chefe de Estado angolano ao Brasil, do ponto de vista da cooperação, e também para a troca de experiência entre ambos na resolução de problemas que afetam os dois países "há muito tempo", bem como sobre as reformas que estão em curso no Brasil e em Angola.

"Nós temos experiência no Brasil, já que em algumas políticas sociais, eu penso que são de grande interesse para o Governo angolano, o povo angolano, na área da saúde, da habitação popular, programas de transferência de renda, programa de apoio à agricultura familiar", enumerou.

O ministro sublinhou ainda a experiência comprovada no setor da agricultura empresarial pelo Brasil, que pode ser realmente aproveitada por Angola, que pode igualmente "ser um terreno de situação de investimentos brasileiros na área da agricultura".

"Sei que há o empenho do Presidente em diversificar a economia angolana, as dificuldades que advêm da queda do preço do petróleo colocam na ordem do dia, com muita urgência, a necessidade da diversificação, eu penso que nesse tema há muita coisa para fazer, para aproximarmos as nossas comunidades empresariais", assegurou.

O papel que Angola desempenha na África Austral e Central mereceu também referência do chefe da diplomacia brasileira, considerando o êxito na sua transição política, na consolidação da paz e do pluralismo, um "fator de inspiração para países vizinhos, da região, que conhecem ainda dramas muito agudos de instabilidade e de violência".

No decorrer da visita, Aloysio Nunes será ainda recebido em audiência pelo Presidente angolano, tendo ainda agendado um encontro com o ministro das Finanças, Archer Mangueira.

As trocas comerciais entre Angola e o Brasil cifraram entre 2013 e 2017 em 764.378.673.122 kwanzas (2.965.070.000 euros), registando um saldo negativo comercial de 446.721.439.478 kwanzas (1.732.860.000) na balança comercial de Angola.

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