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Resistência aos antibióticos: A solução pode estar nas formigas

De acordo com um novo estudo realizado por investigadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, algumas espécies de formigas produzem os seus próprios antibióticos, o que pode ter implicações na procura de novos medicamentos para uso humano.

Resistência aos antibióticos: A solução pode estar nas formigas
Notícias ao Minuto

12:30 - 09/02/18 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Estudo

Os investigadores descobriram que 12 das 20 espécies de formigas testadas tinham algum tipo de agente antimicrobiano nos seus exoesqueletos. Já as outras oito ou não usavam antibióticos ou se usavam eram ineficazes contra a bactéria usada no estudo.

O estudo ‘Imunidade externa nas sociedades das formigas: a sociabilidade e o tamanho da colónia não implica investimento em antimicrobianos’, foi publicado na revista Royal Society Open Science.

“Estas descobertas sugerem que as formigas podem no futuro ser uma fonte de novos antibióticos para ajudar a luta contra as doenças nos humanos”, disse o coordenador do projeto, Clint Penick, investigador da Universidade do Estado do Arizona e ex-investigador da Universidade de Carolina do Norte.

O professor de ciências biológicas, da universidade norte-americana, Adrian Smith declarou que a 'formiga ladra' (Solenopsis molesta), uma das espécies examinadas, foi a que teve “o efeito antibiótico mais poderoso”.

Os cientistas testaram as propriedades antimicrobianas associadas a 20 espécies de formigas. Foi usado um solvente para remover as substâncias na superfície do corpo de cada formiga, sendo a solução resultante introduzida numa pasta bacteriana.

O crescimento das bactérias na pasta foi depois comparado com o crescimento das bactérias num grupo de controle. Havendo um crescimento menor de bactérias (comparado com o grupo de controle) tal significaria que um agente antimicrobiano estava ativo. A pasta contendo a solução da formiga ladra não mostrou crescimento bacteriano.

“Encontrar espécies que carregam um poderoso agente antimicrobiano é uma boa notícia para os que querem descobrir novos antibióticos que podem ajudar os seres humanos. Mas o facto de muitas espécies parecerem ter pouca ou nenhuma defesa química contra os micróbios patogénicos também é importante”, disse Adrian Smith. Das espécies de formigas testadas cerca de 40% não pareceu produzir antibióticos.

Nos testes preliminares foi usado apenas um agente bacteriano, pelo que ainda não se sabe como é que cada espécie de formiga reage a outras bactérias. Os cientistas esperam agora determinar que substâncias produzem os efeitos antibióticos e que outras defesas, sem ser antibióticos, usam algumas espécies de formigas para se defenderem das doenças.

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